As organizações precisam alcançar resultados positivos para sua sobrevivência e crescimento, isso é fato. Mas se é verdade que cumprem sua missão por meio de pessoas e processos, então, é importante que as empresas estejam preparadas para qualificar seus colaboradores. Desta forma, precisam proporcionar trilhas de aprendizagem e ferramentas para a melhoria do desempenho de seus colaboradores.
A gente trabalha para produzir o resultado que foi planejado e, para isso acontecer,não há outra forma, senão com a utilização de nossas competências.
E é por essa razão que gestão de competências é uma questão chave na qualidade.
Por falar em produzir resultados, trago aqui uma citação que fez muito sentido para mim, principalmente em situações desafiadoras, ela resume em poucas palavras a essência deste artigo.
“Em todos os assuntos humanos há esforço e há resultado, e a força empregada é proporcional ao resultado.” – James Alfred Van Allen
A força empregada está diretamente ligada ao quanto você se dedica e se esforça para obter as competências necessárias e gerar resultados.
Qual a relação entre competências e qualidade?
A gestão de competências gera um ciclo de melhoria contínua dentro da organização.
Em outros tempos, acreditava-se que gestão de competências era restrita à área de recursos humanos. Se você ainda pensa que esse tema não tem relação com qualidade, vamos ver o que a ISO 9001, norma de Sistemas de Gestão da Qualidade fala:
A norma ISO 9001:2015 no item 7.2, prevê:
“A organização deve:
- Determinar a competência necessária de pessoa(s) que realize(m) trabalho sob o seu controle que afete o desempenho e a eficácia do sistema de gestão da qualidade;
- Assegurar que essas pessoas sejam competentes, com base em educação, treinamento ou experiências apropriadas;
- Onde aplicável, tomar ações para adquirir a competência necessária e avaliar a eficácia das ações tomadas;
- Reter informação documentada, apropriada como evidência de competência.”
O que é competência?
Conforme definição da norma ISO 9000:2015 – Sistemas de gestão da qualidade – fundamentos e vocabulário, “competência é: a capacidade de aplicar conhecimentos e habilidades para alcançar resultados pretendidos.”
Em Recursos Humanos, competência é o C-H-A, onde o C representa conhecimento; o H representa habilidades e, o A representa atitudes.
Toda organização precisa de pessoas competentes, ou seja, aquelas pessoas que possuem o C-H-A, sabem usar e tem motivação para colocá-los em prática.
E a gestão de competências vêm, de forma inteligente e fundamentada, identificar, analisar e gerenciar as pessoas de acordo com o seu perfil profissional. Considerando também, é claro, o seu alinhamento aos valores e à cultura da organização.
Utilizando fatores C.H.A.V.E.S. de sucesso para identificar e analisar competências
Na etapa de identificação e análise de competências, podemos utilizar critérios C-H-A-V-E-S de sucesso, que são:
- Conhecimento (saber): o acúmulo de aprendizado e experiências que revelam o nível de conhecimento quanto ao que a pessoa sabe fazer.
- Habilidade (saber fazer): o quanto a pessoa coloca em prática o que ela sabe fazer.
- Atitudes (querer fazer): é o querer fazer, está relacionada com a motivação da pessoa em fazer e a sua vitalidade diante das entregas que realiza.
- Visão (planejar para fazer): se resume em uma pergunta – o quanto a pessoa é organizada para executar tarefas de curto, médio e longo prazo?
- Ética (fazer do jeito certo): são regras de convivência social, escolhas que as pessoas fazem para tomada de decisão.
- Superação (fazer acontecer): o quanto a pessoa entrega? Qual o nível de desempenho?
O interessante em aplicar esse método é que você extrai um mapeamento da sua equipe e dali sai muitas decisões. Mas isso rende assunto para um outro artigo!
Com isso, você conhecerá e entenderá o momento de cada colaborador da sua equipe e assim promover as ações necessárias para que adquiram a competência necessária.
Mas não para por aí!
Já comentei que competência é a capacidade de aplicar conhecimentos e habilidades para alcançar resultados planejados, certo?
Então como podemos saber se as pessoas estão sendo competentes? E se elas estão alcançando os resultados do seu trabalho?
O item “c” do item 7.2 da ISO 9001:2015 diz: Onde aplicável, tomar ações para adquirir a competência necessária e avaliar a eficácia das ações tomadas.
É aí que entra a Avaliação de desempenho!
Aplicando o conceito de avaliação de desempenho ao requisito 7.2 da norma ISO 9001:2015
A avaliação de desempenho é um método pelo qual você avalia se as pessoas têm as competências que a função requer e se os resultados estão sendo alcançados.
Não importa qual o tipo de avaliação de desempenho você aplicará na sua organização, seja 90º, 180º ou 360º, o importante é que essa avaliação reflita em desenvolvimento de competências e consequente resultados para organização.
Inclusive, aqui no Blog você vai encontrar um artigo bem interessante do Gabriel Santos sobre automatização de avaliação de competência 90º.
É preciso garantir que as pessoas possuam as competências necessárias, por exemplo no momento da contratação, examinando os currículos e fazendo entrevistas eficazes.
Caso as pessoas não possuam as competências necessárias, é preciso tomar ações, as quais nem sempre se resumem em treinamento. Pode ser uma nova contratação, remanejamento de função dentro da organização, mentorear, assistir palestras, ler um livro, dar treinamento on the job, um job rotation, e avaliar a eficácia desse conjunto de ações, ou seja, medir o resultado desse desempenho.
Atuando de forma ativa no desempenho dos colaboradores
Com essa avaliação de forma global, caso o colaborador não tenha alcançado os resultados pretendidos para sua função, se faz um Plano de Desenvolvimento Individual visando assegurar que as competências necessárias sejam adquiridas.
Com o módulo Staff do software Qualiex é possível realizar a gestão de competências conforme a necessidade de cada função, identificar colaboradores “promovíveis” e realizar avaliações de desempenho segundo critérios pré-definidos pela organização com envolvimento de toda Liderança de forma desburocratizada, eliminando papéis intermináveis.
É uma oportunidade de demonstrar para a Alta Direção que o requisito 7.2 da norma não se resume a avaliações de eficácia de treinamentos. Pelo contrário, se aplicadas ferramentas apropriadas, esse item da norma eleva o desempenho dos colaboradores que se reverbera em resultados para a organização.
Idealizado por Forlogic | www.forlogic.net
Saiba mais sobre qualidade em http://ferramentasdaqualidade.org/
Conheça nosso software para Gestão da Qualidade https://qualiex.com