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Controle Estatístico de Processo – CEP: Entenda!

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Juliana Geremias

Juliana Geremias

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Graduada em Administração de Empresas e MBA em Gestão da Qualidade
"Qualidade é o resultado de um ambiente cultural cuidadosamente construído. Tem que ser o tecido da organização, não parte do tecido." Phil Crosby

O Controle Estatístico de Processo (CEP) tem como objetivo monitorar um produto ou serviço durante seu processo de produção, pois caso apresente problemas, seu procedimento será interrompido para que as falhas sejam sanadas e o mesmo retorne a sua condição normal. Investir no CEP não é apenas uma escolha inteligente, mas uma necessidade para qualquer organização comprometida com a excelência operacional.

Ao adotar uma abordagem baseada em dados para monitorar e controlar seus processos de produção, as empresas podem alcançar níveis mais altos de qualidade, eficiência e satisfação do cliente. Neste artigo vamos abordar um pouco mais sobre essa ferramenta da qualidade!

O que é Controle Estatístico de Processo (CEP)?

O Controle Estatístico de Processo (CEP) é uma abordagem sistemática para monitorar e controlar a qualidade dos processos de produção. Baseia-se na coleta e análise de dados ao longo do tempo para entender a variabilidade natural do processo e identificar quaisquer desvios que possam impactar a qualidade do produto final.

O gráfico de controle é uma ferramenta visual que representa uma amostragem do processo ao longo do tempo. Ele é composto por três linhas principais:

  1. Limite Superior de Controle (LSC): Este é o limite que indica a variação máxima aceitável para os resultados do processo. Qualquer ponto no gráfico que ultrapasse esse limite pode indicar uma variação significativa que requer investigação.
  2. Limite Inferior de Controle (LIC): Este é o limite que indica a variação mínima aceitável para os resultados do processo. Da mesma forma que o LSC, qualquer ponto que caia abaixo deste limite pode ser um sinal de problema.
  3. Linha Média (LM): Esta linha representa a média dos resultados do processo ao longo do tempo. Ela fornece uma referência para comparar os resultados reais do processo.

Podemos classificar as causa de variação no processo em dois grupos: as causas de variação comuns (não assinaláveis) e as especiais (assinaláveis).

  • Causas de variação comuns: são consideradas aleatórias e inevitáveis e quando o processo apresenta somente causas de variação comuns, as variáveis do processo seguem uma distribuição normal. Por exemplo, o peso do arroz ensacado por uma distribuidora de produtos alimentícios seguirá uma distribuição normal caso o processo apresente somente causas comuns de variação, que estejam dentro dos limites de controle.
  • Causas de variação especiais: ocorrem por motivos claramente identificáveis e que podem ser eliminados. As causas especiais alteram o parâmetro do processo, média e desvio padrão, pois estão fora dos limites de controle.

Como Funciona o Controle Estatístico de Processo?

A essência do CEP reside na utilização de técnicas estatísticas para avaliar a estabilidade e a capacidade do processo. Uma das ferramentas mais comuns é o gráfico de controle, que permite visualizar a variabilidade do processo ao longo do tempo.

Este gráfico exibe limites de controle que indicam quando o processo está operando dentro de limites aceitáveis e quando está fora de controle, exigindo investigação e ação corretiva.

Além dos gráficos de controle, o CEP também faz uso de outras ferramentas estatísticas, como análise de histogramas, análise de causa raiz e testes de hipóteses, para entender e melhorar o processo.

Assista esse episódio especial do Qualicast sobre o 4º princípio da Qualidade: Abordagem de processos.

Controle de Variáveis no CEP

Variáveis significa tudo aquilo que pode ser medido por instrumento de medição, como por exemplo, peso, altura, diâmetro, comprimento, largura, velocidade, tempo etc.

Para o controle das variáveis do processo partimos da hipótese de que a variável a ser controlada segue uma distribuição normal. Portanto, deve-se controlar a média e o desvio padrão da distribuição, que se não tiverem variação ao longo do tempo caracterizam o que  chamamos de processo sobre controle.

Assim, um processo sobre controle é aquele onde as variáveis não apresentam variação de média ou de desvio padrão ao longo do tempo.

O controle das variáveis é realizado através de um instrumento denominado gráfico de controle, que é um diagrama que apresenta um limite superior denominado LSC (limite superior de controle) e um limite inferior denominado LIC (limite inferior de controle), além de uma linha de centro denominada LM (linha média).

O processo de controle de variáveis deve seguir cinco fases:

  1. Determinar os limites do gráfico de controle da média e da amplitude (diferença entre o valor maior e o valor menor das amostras coletadas) para cada variável que será controlada.
  2. Estabelecer um plano para retirada das amostras do que está sendo produzido (cada amostra deve ter um determinado número de produtos).
  3. Para cada amostra retirada, medir a média e a amplitude.
  4. Colocar os valores encontrados nos gráficos verificando se estes valores estão nos limites do gráfico, caso em que o processo estará sobre controle.
  5. Análises e situações: os resultados obtidos devem ser analisados verificando se existe a necessidade de algum tipo de ação.

Voltando ao exemplo do ensacamento do arroz, vamos atribuir um peso normal de 5kg (LM), 4,90kg para o limite inferior de controle (LIC) e 5,10 para o limite superior de controle (LSC), gerados através de 4 amostras, conforme apresentado no gráfico abaixo.

CEP - Controle estatístico de processos - exemplo

O Controle Estatístico de Processo vai te ajudar

O CEP é uma importante ferramenta para controle da variação de processos, pois trata com precisão os desvios que ocorrem no processo, fazendo com que atuemos no momento certo para corrigirmos os problemas apresentados.

Saiba para que serve, como fazer e veja exemplos práticos do Controle Estatístico de Processos clicando no botão abaixo:

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REFERÊNCIAS
MARTINS, PETRÔNIO G.; LAUGENI. Fernando P. Administração da Produção. São Paulo : Saraiva, 5ª Ed., 2005.
SLACK, Nigel. Administração de Produção. São Paulo: Atlas, 2002.

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6 comentários em “Controle Estatístico de Processo – CEP: Entenda!”

    1. Avatar photo

      Agradecemos a observação, já foi corrigido! Continue interagindo conosco, sua interação é muito importante para mantermos a integridade do Blog. Abraço!

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