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Desvendando Risco e Perigo: entenda as diferenças e saiba como gerenciá-los

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Catia

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Sou Gestora da Qualidade, com mais de 20 anos de experiência nas áreas da indústria e saúde. Cursando Gestão Hospitalar. Me identifico na frase "Sou uma garimpeira de informações". Meu lema é Qualidade não se ganha, qualidade se conquista. Colunista do Blog da Qualidade, do Meditt e autora do livro Conquistando a Qualidade. Além da qualidade, sou apaixonada pela minha família, bons livros e um bom rock'n roll. Estou no facebook, Linkedine Instagram.

Você conhece a distinção entre Risco e Perigo? Apesar de frequentemente confundidos e considerados sinônimos, como em ‘perigoso’ e ‘arriscado’, Risco e Perigo têm significados específicos e diferentes. Acompanhe a seguir uma explanação detalhada sobre esses conceitos. Boa leitura!

O que é risco?

Risco pode ser definido como a probabilidade de um evento indesejado ocorrer e causar algum tipo de dano ou perda. Em termos simples, risco é uma combinação da possibilidade de algo dar errado e as consequências disso.

Por exemplo, em um ambiente de trabalho, o risco pode ser a probabilidade de um funcionário sofrer um acidente ao operar uma máquina.

Os riscos são quantificáveis e podem ser analisados e gerenciados através de métodos como a avaliação de risco, que envolve a identificação de possíveis riscos, a análise de suas probabilidades e o impacto potencial que podem causar.

Ferramentas como a matriz de risco são comumente usadas para esta finalidade, permitindo que gestores priorizem e tomem decisões informadas sobre as medidas de controle necessárias.

Para ilustrar melhor o conceito de risco, vejamos alguns exemplos práticos:

  • Risco Financeiro: A possibilidade de uma empresa enfrentar perdas financeiras devido a flutuações no mercado.
  • Risco de Segurança da Informação: A probabilidade de dados confidenciais serem acessados por hackers.
  • Risco Operacional: A chance de uma falha em um processo de produção que pode causar interrupções e atrasos.

Em cada um desses exemplos, o risco pode ser avaliado e medidas preventivas podem ser implementadas para mitigar as consequências negativas.

O que é perigo?

Perigo, por outro lado, refere-se a qualquer fonte potencial de dano, lesão ou prejuízo. Enquanto o risco lida com a probabilidade e a gravidade do impacto, o perigo é mais sobre a presença de algo que pode causar dano.

Em um ambiente industrial, por exemplo, o perigo pode ser uma substância química tóxica ou uma máquina com partes móveis expostas.

O perigo é inerente ao objeto ou situação em si. Ele não depende da probabilidade de causar dano, mas sim da sua capacidade de causar lesões ou prejuízos.

Identificar perigos é o primeiro passo para a gestão de riscos, pois só conhecendo as fontes de perigo é possível avaliar os riscos associados e desenvolver estratégias de controle adequadas.

Para uma melhor compreensão do conceito de perigo, vejamos alguns exemplos:

  • Substâncias Químicas Perigosas: Produtos químicos que podem causar queimaduras, intoxicações ou explosões.
  • Equipamentos Pesados: Máquinas que podem causar ferimentos graves em caso de mau uso ou falha técnica.
  • Ambientes Perigosos: Locais de trabalho em altura, espaços confinados ou áreas com risco de desmoronamento.

Reconhecer e controlar esses perigos é essencial para prevenir acidentes e reduzir riscos.

Conheça a diferença entre riscos e perigos

A probabilidade de um evento ocorrer, atuando ora como uma ameaça negativa, ora como uma oportunidade positiva, é o que caracteriza o Risco.

Este conceito emerge diretamente da efetividade do perigo. Por outro lado, o Perigo é caracterizado por uma ou mais condições capazes de causar ou aumentar a chance de ocorrência do Risco. Importante ressaltar que, embora o Risco em si não seja mensurável nem eliminável, ele permanece como um evento potencial que pode surgir a qualquer instante.

Em seguida, é crucial focarmos nos Perigos. Estes devem ser alvo de atenção para mitigação, prevenção, análise, medição e correção, já que são os principais fatores que levam aos Riscos.

Por exemplo, considerando a queda de um paciente, não devemos mensurar o evento em si, pois ele representa um Risco. Nossa ação deve se concentrar na prevenção, atuando sobre os Perigos que podem levar a tal Risco.

Além disso, é importante reconhecer a existência de Perigos que são intoleráveis e outros tratáveis. Contudo, há Perigos que exigem constante vigilância, ainda que sua minimização esteja fora do nosso alcance, especialmente quando dependem de terceiros, como pessoas ou serviços.

Esta realidade evidencia que, embora alguns Perigos sejam ‘toleráveis’, os Riscos, por sua natureza, não são diretamente controláveis.

Exemplo prático e fácil para entendermos a diferença entre Perigos e Riscos:

Ação: Dirigir por um trajeto.

Resultado esperado dessa ação: Chegar ao destino com segurança.

Risco: Acidente de trânsito

Perigos:

  • Não saber dirigir
  • Dirigir em alta velocidade
  • Não respeitar as leis de trânsito
  • Não fazer a manutenção preventiva do automóvel
  • Entre outros.

Ações preventivas e/ou corretivas para minimizar os perigos: Ter carteira de motorista, respeitar as leis de trânsito, fazer a manutenção do automóvel, etc.

Esses são os Perigos que podemos minimizar ou mitigar para que o Risco tenha uma menor probabilidade de acontecer.

Porém existe um Perigo que está “além do nosso controle e mensuração”, que é, por exemplo, um motorista entrar na contra mão e atingir o nosso automóvel e ocasionar o evento = Risco (acidente de trânsito). Esse Perigo é impossível de sanarmos, trabalharmos e agirmos com ações preventivas.

Devido a isso, acima foi afirmado que o Risco não pode ser trabalhado e sim os Perigos.

Essa é uma dúvida normal entre os gestores e funcionários de uma instituição, fazendo com que indicadores impossíveis de trazerem resultados e ações sejam colocados nos processos. Esses indicadores podem ser assuntos para uma nova postagem.

Entenda um pouco mais sobre a gestão de riscos na prática com esse episódio especial do Qualicast:

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Sobre o autor (a)

17 comentários em “Desvendando Risco e Perigo: entenda as diferenças e saiba como gerenciá-los”

    1. Faltou mencionar o cinto de segurança no exemplo!!! Reduz o risco de morte e gravidade do desfecho em qualquer cenário.

  1. Wilma Freitas

    Excelente …. artigo bem claro, facil de assimilar, vou passar para minha equipe!!
    Parabéns!!

  2. Leandro Cassio

    Boa noite gostei do artigo
    quero citar ele no meu tcc, mas qual a cidade que posso colocar:??
    Alguém pode me ajudar?

  3. Antonio Fernando Navarro

    Oi Cátia, parabéns. Fui professor das primeiras turmas de Gerência de Risco no Rio e São Paulo, em 1978 e dai em diante fiquei quase 20 anos na Federão das Seguradoras, e visitei cerca de 800 ou mais, empreendimentos industriais, tudo para a procura e mensuração dos riscos. Os conceitos atuais não se baseiam mais na probabilidade – possível e provável, mas sim na possível ocorrência. Cerca de 4 anos atrás realizei um trabalho a respeito de centro cirúrgico. Mas, a cada dia passo a entender que não devemos planejar nada sem antes fazermos as análises dos riscos, em seu sentido stricto.
    Antonio Fernando Navarro

  4. Eugénio Albino

    Altamente interessante, eu sempre fiz confusão com essas duas palavras. Graças a Deus hoje por causa dos exemplos fiquei claro. Parabéns

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    1. André Roberto de Moraes
      Juliana Geremias

      Olá Ganzaga, tudo bem?

      Posso dizer de forma resumida que a diferença entre “Mitigar” e “Eliminar” Riscos é a seguinte

      Mitigar: reduzir a probabilidade e/ou impacto de um risco.

      Eliminar: eliminar em 100% a probabilidade que a ameaça ocorra.

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