Blog da Qualidade

MEG: o que é e como nos ajuda?

Receba Nossa News

Os conteúdos mais legais sobre qualidade, semanalmente em seu e-mail

Todos os dados inseridos aqui, estão resguardados pela Política de Privacidade da ForLogic, totalmente adequada a LGPD e ISO 27001 (Segurança da Informação).

Jeison

Jeison

+ posts

Sou co-fundador da ForLogic Software, hoje atuo com gente, cultura e gestão. Sou um dos criadores do Qualiex, do Qualicast (o 1º Podcast nacional focado em qualidade), criador do Blog da Qualidade (o maior blog sobre Qualidade do Brasil). Mestre em Engenharia da Produção pela UTFPR (Universidade Tecnológica Federal do Paraná), auditor líder formado com orgulho pela ATSG na ISO9001 e 22000, pai, empreendedor, e um inconformado de plantão!
Acredito na responsabilidade do indivíduo, no poder da qualidade e que podemos fazer diferente. Me acompanhe no Linkedin e no Instagram.

Primeiramente, vamos explorar em detalhes o MEG – Modelo de Excelência e Gestão, um sistema amplamente reconhecido para aprimoramento contínuo e sustentável das organizações. Muitas empresas buscam melhorar a qualidade, a gestão e alcançar a excelência através da implementação de normas e práticas rigorosas.

Isso me faz recordar de uma conversa enriquecedora que tive com meu amigo e especialista em gestão, Orlando Pavani. Ele, com sua vasta experiência, compartilhou insights valiosos que iluminam a essência do MEG e sua aplicação prática nas organizações. Além disso vamos mergulhar nos aspectos críticos do Modelo de Excelência e Gestão, analisando como ele pode transformar os processos de negócios e promover uma cultura de excelência em empresas de diversos setores. Por isso, deixo aqui as palavras de Pavani:

“Quero como clientes empresas que busquem a certificação como o começo, não como o fim”.

Isso acontece porque é um consenso entre nós (da ForLogic e da Holding Pavani) que temos clientes com certificação, e isso não é ruim, é inclusive muito bom, mas o cliente que buscamos deve acreditar que a certificação é só o começo.

Já falei disso quando disse que a certificação vem com propósito e não com o certificado ou quando tentamos explicar o que Deming preconizava.

Mas para os pragmáticos, os que buscam ferramentas, temos algo menos filosófico e muito mais eficaz e efetivo. Por isso o Modelo de Excelência e Gestão® (MEG), que está na sua 21ª Edição.

O que é o MEG?

Criado pela Fundação Nacional da Qualidade (FNQ), o MEG – Modelo de Excelência e gestão – é uma metodologia para a avaliação do nível de maturidade da gestão das organizações. Criada em 1991, a Fundação Nacional da Qualidade (FNQ) é um centro de referência para melhoria da produtividade das organizações e competitividade do Brasil.

Por meio de estudos aprofundados, a FNQ vem evoluindo o modelo ao longo dos anos, e essa 21ª edição se apresenta como um tangram.

Tangram do Modelo de Excelência em Gestão MEG
Tangram do Modelo de Excelência em Gestão MEG – Fonte: Fundação Nacional de Qualidade

A analogia do tangram é muito bem-vinda, uma vez que cada empresa pode montar o seu modelo de gestão, agrupando as peças da melhor maneira para representar o seu modelo de gestão, mas sempre levando em consideração os oito fundamentos para excelência.

Os 8 fundamentos da gestão para a excelência

Estes 8 fundamentos são um conjunto de valores e princípios que objetivam levar às empresas padrões internacionais de excelência, em organizações líderes de Classe Mundial. São eles:

1- Pensamento sistêmico

Trata do entendimento e tratamento das relações de interdependência e seus efeitos entre os diversos componentes que formam a organização. Além disso, considerando o ambiente com o qual interagem.

2- Compromisso com as partes interessadas

Definição, entendimento e estabelecimento de acordos com as partes interessadas para cumprimento de requisitos. Assim como as inter-relações destas com as estratégias e processos, levando em consideração perspectivas de curto e longo prazos.

3- Aprendizado organizacional e inovação

Trata da busca e alcance de novos patamares de competência para a organização e sua força de trabalho, por meio da percepção, reflexão, avaliação e compartilhamento de conhecimentos, promovendo um ambiente favorável à criatividade, experimentação e implementação de novas ideias capazes de gerar ganhos sustentáveis para as partes interessadas, possibilitando com isso a inovação.

4- Adaptabilidade

Tem uma relação forte com a identificação da necessidade de promover mudanças, trata ainda da flexibilidade e capacidade de mudança em tempo hábil, frente alterações do contexto da organização, e novas demandas das partes interessadas.

5- Liderança transformadora

Trata dos valores e princípios organizacionais, e aborda a atuação dos líderes de forma ética, inspiradora, exemplar e comprometida com a excelência, compreendendo os cenários e tendências prováveis do ambiente e dos possíveis efeitos sobre a organização e suas partes interessadas, no curto e longo prazos – mobilizando as pessoas em torno de valores, princípios e objetivos da organização; explorando as potencialidades das culturas presentes; preparando líderes e pessoas; e interagindo com as partes interessadas.

6- Desenvolvimento sustentável

Aborda o tripé, econômico-financeiro, ambiental e social, com o compromisso da organização em responder pelos impactos de suas decisões e atividades, na sociedade e no meio ambiente, e de contribuir para a melhoria das condições de vida, tanto atuais quanto para as gerações futuras, por meio de um comportamento ético e transparente.

7- Orientação por processos

Tem uma abordagem da organização como um conjunto de processos, que precisam ser entendidos de ponta a ponta e considerados na definição das estruturas: organizacional, de trabalho e de gestão, onde estes devem visar à busca da eficiência e da eficácia nas atividades, de forma a agregar valor para a organização e as partes interessadas.

8- Geração de valor

O olhar para o alcance de resultados econômicos, sociais e ambientais, bem como de resultados dos processos que os potencializam, em níveis de excelência e que atendam às necessidades e expectativas da organização e das partes interessadas.

(Ps: retirei esse trecho do site da FNQ, fiz algumas mudanças e alterei a ordem dos fundamentos. Texto na íntegra disponível em: <Fundação Nacional da Qualidade>. Acesso em 02 de julho de 2019.)

Por que falar de MEG?

Esse é o primeiro artigo de uma série que iremos fazer para falar do MEG®. Pois acreditamos que mais do que uma certificação, as organizações precisam de uma busca pela excelência! E o MEG é um excelente instrumento para isso.

A profundidade que conseguimos atingir ao utilizar o MEG como ferramenta de gestão é incrível, ao atender o MEG, consequentemente atendemos também sistemas de gestão como ISO 9001, ISO 14001 ou mesmo a ISO 45001 (antiga OHSAS 18001).

Mas vale uma ressalva, o MEG não é uma certificação, ele é um modelo de excelência! E você pode crescer seu sistema de maneira gradativa, ou seja, ir implementando metodologias ou ferramentas aos poucos, crescendo assim sua maturidade e pontuação no modelo.

Outro motivo importante é que temos um Qualicast excelente este mês, falando do MEG. Nele, o igualmente excelente Orlando Pavani aborda o tema junto com a gente. Para ouvir o conteúdo completo, basta clicar no botão abaixo e ir para o site do Qualiex:

Qual a importância do MEG?

Mais que atender uma norma, certificação ou a especificação de um cliente, se você trabalha com qualidade deveria estar buscando a excelência.

Sei que temos as pressões diárias para cumprir requisitos, atender demandas, ou mesmo responder auditorias, isso faz parte do trabalho. Mas deveria ser uma parte menor. Por exemplo, a busca do gestor dos dias de hoje deve ser pela excelência na gestão!

O Modelo de Excelência e Gestão abarca toda a empresa. Tanto passando por responsabilidade ambiental, social, quanto falando de indicadores, sucessão, liderança, mudança, inovação. Além disso, com um foco enorme em resultado, ou seja, busca excelência em todos os contextos.

E aí na sua empresa, você já pensou em utilizar um modelo de excelência em gestão no lugar de uma norma? Como sua diretoria veria isso, eles estão dispostos a buscar a excelência?

Será que esse não é o momento para falar de gestão com a diretoria e abandonar de vez o qualitês?

Você ainda acredita que a certificação é o final da qualidade ou já entendeu que pode ter sido só o começo?

Ouça a parte dois do Qualicast falando sobre MEG para se aprofundar mais e me responder as perguntas que fiz nos comentários:

REFERÊNCIAS:

Para conhecer mais sobre a FNQ acesse o site da fundação: http://www.fnq.org.br/

FNQ – FUNDAÇÃO NACIONAL DA QUALIDADE. Guia de Referência da Gestão para Excelência. 21ª edição. São Paulo, 2016.

FNQ – FUNDAÇÃO NACIONAL DA QUALIDADE. Fundamentos da Excelência. Disponível em: <http://www.fnq.org.br/aprenda/metodologia-meg/modelo-de-excelencia-da-gestao/fundamentos>. Acesso em 02 de julho de 2019.

Sobre o autor (a)

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Blog da Qualidade

Artigos relacionados

Novidades da qualidade e gestão

Receba conteúdos inéditos e exclusivos sobre Qualidade, Excelência e Gestão semanalmente e faça parte da comunidade mais empenhada na melhoria contínua!