Graduada em Administração de Empresas, MBA em Gestão da Qualidade e Auditora Líder ISO 9001. "Qualidade é o resultado de um ambiente cultural cuidadosamente construído. Tem que ser o tecido da organização, não parte do tecido." Phil Crosby
O compartilhamento do conhecimento nas organizações está relacionado a gestão do conhecimento e sua difusão torna-se cada vez mais imprescindível, pois não adianta dispor de conhecimentos se não é compartilhado.
A organização só é beneficiada quando o conhecimento é difundido, transferido, compartilhado e alavancado, ou seja, quando existem canais de rede de comunicação dentro da organização que facilitam a troca de informações e experiências.
Temos dois tipos de conhecimentos passíveis de serem compartilhados: o tácito e o explícito. O explícito é formal e sistemático e pode ser facilmente comunicado e distribuído através de manuais de procedimentos, relatórios, etc. Já o tácito é pessoal, de difícil formalização e comunicação, pois está relacionado ao discernimento, compreensão, instinto do indivíduo. Ou seja, o tácito está incorporado nas pessoas e o explícito em processos, serviços, registrado em documentos.
O conhecimento é criado a partir da combinação do tácito e explícito formando 4 tipos:
- Socialização: de tácito para tácito
- Externalização: de tácito para explícito
- Combinação: de explícito para explícito
- Internalização: de explícito para implícito
Através das formas de conversão do conhecimento, identificam-se as formas de compartilhamento:
– Na socialização, ocorre um processo de troca de experiências, onde o indivíduo compartilha seu conhecimento tácito diretamente com outro (através da linguagem, observação, imitação e prática).
– Na externalização, o indivíduo compartilha seu conhecimento tácito com vários outros, de forma não direta.
– Na combinação, um conhecimento já explícito é compartilhado de forma explícita.
– Na internalização, o explícito é compartilhado de forma direta, onde o receptor o transforma em conhecimento implícito.
As informações mais importantes estão justamente nas pessoas (tácitos) e não nas organizações (explícitos) e as organizações transbordam de conhecimentos tácitos, devendo valorizá-los mais. Infelizmente, muitas organizações ainda não acordaram para o fato de que grande parte do saber organizacional faz parte do conhecimento subjetivo, que reside na mente de seus colaboradores, por isso é necessário promover a colaboração e comunicação.
REFERÊNCIA
ANGELONI, Maria Terezinha. Organizações do conhecimento: infra-estrutura, pessoas e tecnologia. São Paulo: Saraiva, 2002.
3 comentários em “O compartilhamento do conhecimento nas organizações”
Muito bom. Tem a ver com a janela de Johari?
Rosemary,
Quais são os métodos que podemos utilizar para promover o compartilhamento de conhecimento nas organizações?