Acredito em Modelos de Sistemas de Gestão, especialmente Normas Internacionais e Critérios de Prêmios, e que Bons Auditores Transformam Organizações ! Sou Fundador, Diretor Executivo e CKO – Chief Knowledge Officer da ATSG – Academia Tecnológica de Sistemas de Gestão, orgulhosamente um importante player na Formação de Auditores Líderes de Sistemas de Gestão com diversos e importantes reconhecimentos formais. Mantenho um Canal no YouTube com insights originais sobre Sistemas de Gestão. Engenheiro Mecânico pela PUC-RS e Mestre em Gerenciamento da Qualidade pela ENSAM Paris / França. Também atuo como Professor convidado em diversos programas de pós-graduação nas áreas de Sistemas de Gestão baseados em Normas ISO e como Auditor Líder de Sistemas de Gestão com base em múltiplas Normas ISO. Estou no Instagram e LinkedIn.
Eu gostaria de trazer à tona o significado da palavra auditor.
O termo “auditor” tem origem no latim e significa ouvir, escutar. E para ouvir, escutar, o auditor deve ser um excelente perguntador. A habilidade de perguntar aproxima o auditor dos auditados e dos processos da organização de forma que ele possa exercer um de seus propósitos que é o de transformar organizações ou impulsioná-las para os processos de mudanças.
No entanto, a habilidade de “perguntar” tem sido pouco aplicada pelas pessoas nas organizações.
Para começar respondendo à pergunta do título desse artigo, eu gostaria de fazer referência a um livro do autor Warren Berger chamado “Uma pergunta mais bonita”, onde é apresentado o resultado de uma pesquisa realizada nos Estados Unidos, há nem tanto tempo atrás, que basicamente buscava avaliar o grau de aplicação de 3 habilidades de pessoas desde o seu nascimento até que completasse 18 anos de idade.
Os resultados da pesquisa são os seguintes.
Observa a aplicação da habilidade “perguntar” na idade de 18 anos.
Segundo os resultados dessa pesquisa, apenas 25% dos adultos com 18 anos aplicam a habilidade de perguntar.
Cada vez mais as empresas precisam de pessoas que perguntem
Uma das máximas que costumo utilizar diz que “questionar” padrões e procedimentos é muito saudável e até vital para melhoria contínua e, também, para a inovação.
Quebrar procedimentos, deixar de cumpri-los, nunca!
Questionar é sinônimo de perguntar.
Por que, então, os auditores são tão importantes?
Se nós estamos em um ambiente, em um momento, em que as pessoas deixaram de fazer perguntas e se, de fato, concordamos que perguntas movem o mundo, então passamos a entender porque auditores passaram a ter um papel ainda mais estratégico para as organizações.
Porque certamente estas pessoas, digo auditores, proporão questionamentos e reflexões para as organizações.
E somente assim (questionando o “status quo”) podemos ter melhorias / inovações!
Características do auditor
Quais são as principais características dos auditores e como eles podem contribuir com as organizações neste cenário?
Vejamos as 8 principais características que o auditor deve possuir nessa abordagem de ser alguém que não está apenas conferindo check list e preenchendo listas de verificação, mas alguém que quer contribuir para o aprimoramento da organização.
Com este propósito, auditores:
- Devem ser alguém que compreenda o negócio, o contexto em que o negócio está inserido, as estratégias da organização e seus objetivos de curto, médio e longo prazo. Ou seja, com estas informações ele vai poder combinar as suas observações e percepções da operação e da rotina, de maneira contextualizada.
- Sabem que a organização precisa permanentemente se adaptar ao contexto em que ela está inserida.
- Possuem consciência do seu papel, da sua relevância, da importância deste processo para o sucesso da organização, seja enquanto colaborador ou prestador de serviços.
- São poliglotas. Além de falar o “isonês”, eles também conseguem falar o idioma da Alta Direção e o idioma da operação da organização auditada.
- Olham tanto para fora (norma), comparando o que está sendo visto, lido e ouvido com o referencial externo, mas também olham muito para dentro da organização, para os processos, para a cultura, enfim, para a forma dessa organização conduzir seus negócios.
- Buscam conhecer a missão dos padrões, dos controles. Questionam por que um determinado padrão existe? Qual é o valor agregado por um dado padrão à organização? Questionam se esses padrões contribuem – de fato – para que negócios sejam feitos, ou para que passivos sejam evitados, ou se eles atendem requisitos de uma ou algumas partes interessadas com os quais a organização já concordou. Lembre-se se um padrão qualquer não contribuir com um destes três objetivos, nem haveria razão para se manter esse padrão.
- São observadores atentos do que está acontecendo na circunvizinhança. Assim como são perceptivos, ou seja, eles conseguem entender fenômenos que podem inclusive ser frutos da sua própria interação com a organização e com os auditados, além de possuírem visão sistêmica.
- Por último, mas não menos importante, sabem que as organizações precisam mudar sempre, melhorar continuamente e precisam inovar.
Espero ter trazido uma forma – quem sabe – mais positiva de compreender uma auditoria. O foco é que a condução das auditorias internas e externas agreguem valor para a Organização e que os auditores sejam percebidos de maneira positiva!
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