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Sistema de gestão de energia e eficiência energética: O que você precisa saber? – Parte 2

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Edson Silva

Edson Silva

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Cofundador da EDX Consultores, responsável pelos produtos da área de Estratégia & Gestão e de Gestão. Atua há mais de vinte e cinco anos como consultor, desenvolvendo projetos junto a organizações dos segmentos de serviços (com destaque para as áreas de saúde, educação e logística), industrial (empresas dos ramos automotivo, eletroeletrônico e metalomecânico), do agronegócio, do saneamento básico e da mineração, apoiando-as na implantação de ferramentas de Gestão Estratégica (Planejamento Estratégico, BSC e Gestão do Conhecimento, entre outros).

No artigo anterior SISTEMA DE GESTÃO DE ENERGIA: O QUE VOCÊ PRECISA SABER? esclarecemos o que é um sistema de gestão de energia, você teve orientações de por onde começar a gestão de energia na sua organização, falamos também sobre o papel da liderança e do planejamento. 

 Agora que você já sabe os passos iniciais para concepção e implementação de um Sistema de gestão de energia (SGE), quero trazer para vocês outras medidas indispensáveis para a implementação de um SGE conforme as diretrizes trazidas pela norma ISO 50004:2020.

Provisão de recursos

A provisão dos recursos necessários à concepção, implementação, monitoramento e aprimoramento de um Sistema de gestão de energia (SGE) é papel indelegável da Alta Direção, que, obviamente, deve considerar a disponibilidade de recursos e sua capacidade em provê-los conforme sejam necessários.

Nesse contexto, a provisão de recursos para capacitação das pessoas cujas atividades afetam o SGE e a eficiência energética da organização deve ser prevista e avaliada/reavaliada periodicamente. Da mesma forma, devem ser previstos recursos para comunicar e conscientizar as pessoas  quanto à importância do sistema.

Controle operacional

Um controle operacional robusto é crucial para assegurar que os usos finais significativos de energia sejam monitorados e que os processos sejam operados e mantidos de forma eficaz.

O controle operacional também proporciona os meios necessários para a identificação e o relato de problemas, bem como o estabelecimento de procedimentos operacionais por parte das áreas de manutenção que visem a indicar potenciais pontos para a redução dos custos com energia.

O controle operacional é fonte de oportunidades de melhoria do desempenho energético de uma organização, incluindo a possibilidade de redução da variabilidade nesse desempenho causada por fatores diversos e levando em consideração os controles operacionais e de manutenção já existentes, sendo possível identificar oportunidades de melhoria à medida que a implementação evolui.

Da mesma forma que ocorre com operação e manutenção, os projetos são uma grande oportunidade para identificação de possíveis melhorias do desempenho energético, aproveitando dados e informações de engenharia, monitoramentos e medições, instrumentação, técnicas operacionais e novas tecnologias. 

Dessa forma, a organização obtém melhorias de desempenho energético, ao mesmo tempo em que moderniza equipamentos e processos, melhorando a produtividade e a competitividade de seus negócios.

O SGE deve apoiar a indicação de oportunidades de aquisição de equipamentos, produtos, materiais, insumos e serviços que possuam maior eficiência energética, suportando a tomada de decisão de setores como, por exemplo, a área de Suprimentos da organização, desde a especificação dos itens e serviços a adquirir, até seu recebimento, sempre com foco na melhoria do desempenho energético como um todo.

O envolvimento dos responsáveis por especificação e aquisição desses itens e serviços pode levar em conta critérios para avaliar especificamente seu uso de energia, considerando um conjunto de tópicos como, por exemplo, o ciclo de vida de um dado produto, o impacto esperado de um material no desempenho energético geral do SGE, a frequência de falhas de um dado equipamento, a classificação de eficiência energética de equipamentos e certificações de terceira parte.

Na outra ponta do processo, encontram-se os fornecedores de energia e a avaliação das opções para sua aquisição (mercado livre, demanda contratada e outras). Normalmente de alta complexidade, a atividade de avaliar as opções de fornecimento de energia envolve muitos riscos e pode ser interessante conduzi-la com o apoio de especialistas, especialmente pelos altos retornos que uma negociação bem realizada pode trazer à organização.

Avaliação do desempenho energético e do Sistema de Gestão de Energia

A avaliação do desempenho energético e do SGE, a partir do monitoramento, da medição e da análise de dados e informações, propiciam à organização verificar se os investimentos realizados trazem os resultados esperados, especialmente com relação aos objetivos e metas estratégicos referentes ao tema.

Um tópico a ser considerado na avaliação de desempenho do SGE é o grau de conformidade da organização com requisitos legais relacionados à energia, sendo importante haver, desde a fase de concepção do sistema, a identificação clara desses requisitos e suas obrigações derivadas, bem como da forma de avaliação periódica de seu cumprimento.

Por sua vez, auditorias internas ou externas do SGE podem ser ferramentas eficazes no monitoramento do funcionamento do sistema e seus elementos e do desempenho energético da organização como um todo, sobretudo se forem realizadas de forma integrada com relação a outros temas, como, por exemplo, a gestão da qualidade (ISO 9001), a gestão ambiental (ISO 14001) e a gestão de saúde e segurança ocupacional (ISO 45001).

Análise crítica pela Alta Direção

A análise crítica do desempenho do SGE por parte da Alta Direção da organização é, por definição, o instante em que a gestão e economia de energia é avaliada como parte da Estratégia, sendo um importante momento para a verificação de seu efetivo alinhamento com o Planejamento Estratégico da  organização e os ganhos obtidos com a implementação do sistema.

A pergunta fundamental a fazer é se o SGE está entregando e sustentando as melhorias planejadas para o desempenho energético da organização, com foco na garantia da adequação, suficiência e eficácia do sistema.

Finalmente… as melhorias da gestão de energia

O tratamento de desvios, não conformidades e outros problemas detectados propicia a conclusão das fases do ciclo PDCA que está por trás da concepção, implementação, monitoramento e aprimoramento de um SGE. 

Para tanto, problemas devem ser gerenciados de modo que, a partir da identificação de suas causas, sejam tomadas ações que eliminem tais causas e evitem sua reincidência.

A essência desta última fase do ciclo reside em promover, apoiar e dar sustentação a melhorias para a eficiência energética e à obtenção de resultados esperados pela organização quando da definição dos objetivos de gestão e economia de energia, em alinhamento com sua Estratégia.

Com isso, busca-se a retroalimentação de dados e informações gerenciais, o que permitirá a conclusão do ciclo PDCA e o início de um novo ciclo, aprimorando assim a forma pela qual a organização realiza a gestão e a economia de energia no seu dia a dia.

 

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