Consultor de empresas na implantação de sistemas de gestão da qualidade
ISO 9001, ISO 13485 e IATF 16949, gestão ambiental ISO 14001 e gestão da saúde e segurança ocupacional ISO 45001; Palestrante e Instrutor de Cursos específicos na área da Qualidade Automotiva pela Exceder - Gestão Organizacional, tais como APQP/CP, PPAP, FMEA, MSA, CEP, GD&T, MASP 8D, BIQS (GM) e requisitos específicos de diversas montadoras automotivas.
As normas de Sistema de Gestão em sua cláusula 7.2 fala sobre competência. Não raro ao ouvir que determinado funcionário não possui determinada competência para executar determinada atividade, a interpretação recai de modo pejorativo usando o antônimo da palavra e que soa mesmo estranho: “incompetente”!
De fato, nada a ver, mas a realidade é esta mesma, uma vez que se um funcionário for investido em um cargo sem as devidas qualificações para execução do que está determinado na descrição do cargo em termos de educação, conhecimentos adquiridos fora da grade curricular acadêmica através de ações sendo uma delas treinamento, mais a devida experiência relacionada com o que está na descrição, o que esperar em termos de eficácia no desempenho das atividades?
Então quando alguma falha ocorre devido ao comportamento inadequado do funcionário torna-se fácil taxá-lo de “incompetente”. E se esquece de que, conforme Hudson de Araújo Couto em seu livro “70 lições para supervisor de primeira linha”, em específico no fluxograma “motivos básicos do comportamento inadequado” em que a primeira análise a ser realizada é o que conduz um funcionário a cometer um “erro humano por falta de informação” como resposta negativa a estas perguntas:
- Há regras para a função?
- As regras são conhecidas?
- As regras são revistas periodicamente?
- A informação escrita corresponde à realidade?
- Entendeu-se certo a ordem transmitida?
- A informação foi passada completa?
Trabalhe para que sua equipe esteja devidamente competente
Neste sentido, a abordagem preferencial muito utilizada pelo setor automotivo, é estabelecer uma progressão na aquisição da competência para que as atividades estabelecidas para um determinado cargo sejam efetivamente realizadas. De modo a não afetar adversamente o desempenho do sistema de gestão e neste artigo da qualidade em específico, faz uso de uma Matriz de Flexibilidade ou Versatilidade.
Nela, se estabelece uma correlação entre funcionário/cargo versus máquina, um número de pessoas por máquina bem como o número de máquinas por pessoa. Números esses que se pretende que sejam o mínimo que possibilite minimizar vulnerabilidades em caso de “ausência de funcionários”, ou seja, neste caso a matriz de flexibilidade atua também com uma contingência.
A partir disso, faz-se então um gerenciamento através de um cronograma de avançamento mensal para obtenção de competências.
Uma legenda estabelece os níveis de progressão na obtenção da competência por parte dos funcionários possibilitando desta forma aos gestores, gerenciar com base em critérios objetivos o quadro geral dos funcionários de determinado setor em relação à competência obtida.
Concluindo
Tenho convicção e por experiência em afirmar que este método contribui significativamente para que as questões previamente colocadas em relação ao que conduz um funcionário a cometer um “erro humano por falta de informação” obtenha respostas afirmativas minimizando sobremaneira que erros desta natureza ocorram.
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3 comentários em “Matriz de Flexibilidade para obtenção de competências”
Este artigo é versátil até para se tornar um procedimento documentado para várias frentes de uma organização, seja na elaboração ou revisão de descrição de cargos, no plano de desenvolvimento de colaboradores. Nesta pandemia sentimos muito a necessidade de colaboradores preparados para suprir a ausência de um outro, seja pelo afastamento médico como de redução de jornada. A lição de casa que não tinha sido feita a job rotation que poderia ter sido pensado…
Sempre é momento de rever conceitos e aqui o encontrei.
Parabéns aos organizadores do blog, ao profissional que é o famoso Magalhães, e agradeço a ambos pela publicação de conteúdos de qualidade.
A matriz de competências ou de flexibilidade (há vários nomes diferentes em uso), por si só não funcionará se não for periodicamente revisada e atualizada de acordo com as necessidades de treinamento das áreas de qualquer organização.
Muitas organizações se esquecem que essa atividade se aplica também nas áreas administrativas e de suporte e mantém o foco somente nas áreas operacionais.
Muito bom o conteúdo do assunto abordado e adequando a alguns requisitos da norma e do cliente na Matriz ( competência para o retrabalho ). Muito bom o material.