Blog da Qualidade

A Transferência do Conhecimento: um desafio comportamental

Receba Nossa News

Os conteúdos mais legais sobre qualidade, semanalmente em seu e-mail

Todos os dados inseridos aqui, estão resguardados pela Política de Privacidade da ForLogic, totalmente adequada a LGPD e ISO 27001 (Segurança da Informação).

Monise Carla

Monise Carla

+ posts

Auditora Líder ISO 9001:2015, ISO 22000:2018 e ISO 31000:2016. Redatora do Blog da Qualidade e Especialista de Comunicação no Qualiex! Eu ajudo profissionais a resolverem problemas de qualidade por meio de tecnologia e acredito que esse é o primeiro passo para uma vida de Excelência. Gosto de rock, desenho animado e vejo qualidade e excelência em tudo isso. Não me leve tão a sério no Twitter, mas se preferir, você também pode me encontrar no Facebook e Linkedin.

Vejo que atualmente a Gestão do Conhecimento é algo mais discutido, e isso é muito importante pois traz uma conscientização de é algo que merece atenção no nosso dia a dia. Pense que cada pessoa que se desliga de uma empresa leva um conhecimento que nunca transferiu, e nesse sentido, a pessoa que entrou no lugar dela teve de cometer os mesmos erros para que através da experiência conseguisse possuir aquele conhecimento. Há também casos que um colaborador sabe fazer algo, mas o fato de ele não transferir nem expor, outras pessoas estão tentando aprender a mesma coisa na organização.
São desafios que se encontra quando falamos de gestão de conhecimento, mas que devem ser observados e melhorados, vendo que o intelectual é um dos valores da empresa, e se ela não se preocupa com isto terá vários problemas gradativamente.
A transferência do conhecimento relaciona 2 ações: transmissão, ou seja, apresentação do conhecimento, e absorção, que é quando a pessoa recebe o conhecimento. Às vezes, entende-se transmissão com disponibilização, mas só deixar disponível não é transferência. Por quê? O acesso é necessário, obviamente, mas ele não garante que aquilo foi absorvido pela pessoa respectiva e nem que vai ser usado de fato.
O que precisamos entender é que o objetivo da transferência do conhecimento é melhorar a capacidade da organização de realizar suas atividades, aumentar seu valor, produtividade e competência. Ainda que a transmissão e absorção aconteçam não trará resultado se isso não gerar uma mudança, não gerar ações, já que é muito comum as pessoas adquirirem novos conhecimentos mas não colocarem isso em prática, e elas os fazem por vários motivos:

  • Não respeitar ou confiar na fonte
  • Orgulho e teimosia
  • Falta de tempo
  • Falta de oportunidade
  • Medo da mudança
  • Medo de assumir riscos

Um fato é que nossa autoestima está totalmente relacionada com aquilo que sabemos e como fazemos, logo, quando uma pessoa vem de frente com a forma que você faz algo dizendo que o jeito que ela faz é bem melhor, há uma tendência comum de resistir, fazendo com que a mudança do comportamento seja mais delicada do que a aquisição do conhecimento em si, entretanto, se um conhecimento não for absorvido e usado, ele não será transferido, e aqui a gente encontra um gargalo da informação.
Essa é uma primeira análise, na próxima quinta-feira estarei discorrendo mais sobre esse assunto, fiquem ligados! :P
Referência:

DEVENPORT, Thomas H., Conhecimento Empresarial: como as organizações gerenciam seu capital intelectual. ? Rio de Janeiro: Elsevier, 2003.

Sobre o autor (a)

5 comentários em “A Transferência do Conhecimento: um desafio comportamental”

  1. Raino Silva

    Infelizmente as pessoas não são como maquinas onde simplesmente podemos conectar um dispositivo de memoria e extrair as informações necessárias para replicar. Mas como disse a Monise o nosso ego está diretamente ligado ao que sabemos e ao que fazemos. Então cabe aos gestores promoverem o intercambio de conhecimento e um clima organizacional de transferência de informação para que as empresas não fiquem apoiadas sobre o know-how de algumas pessoas especificas. Ter o conhecimento centralizado é ruim para ambos, tanto para o profissional que acaba muitas vezes estagnado na função, pois teoricamente não pode ser substituído, como a empresa que fica refém da longevidade deste profissional na organização.

  2. Aqui onde trabalho os veteranos reclamam aos montes de transferência e conhecimento. Mas qdo você exige que ele faça a sua transferência aí esperneia, acha ruim, não consegue fazer o que ele exige que os outros façam. Exemplos ruins tem aos montes. Quem tem conhecimento tem que dar bons exemplos e a meu ver fazer a transferência de conhecimento com sucesso é uma prova de sua sabedoria.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Blog da Qualidade

Artigos relacionados

Novidades da qualidade e gestão

Receba conteúdos inéditos e exclusivos sobre Qualidade, Excelência e Gestão semanalmente e faça parte da comunidade mais empenhada na melhoria contínua!