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TRIZ: 40 tons de Inovação (Parte 2)

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Monise Carla

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Auditora Líder ISO 9001:2015, ISO 22000:2018 e ISO 31000:2016. Redatora do Blog da Qualidade e Especialista de Comunicação no Qualiex! Eu ajudo profissionais a resolverem problemas de qualidade por meio de tecnologia e acredito que esse é o primeiro passo para uma vida de Excelência. Gosto de rock, desenho animado e vejo qualidade e excelência em tudo isso. Não me leve tão a sério no Twitter, mas se preferir, você também pode me encontrar no Facebook e Linkedin.

No artigo TRIZ: 40 tons de Inovação (Parte 1) você já viu um resumo do processo Teoria de Solução inventiva de problemas funciona. Como prometi, vamos começar a desbravar os 40 princípios que guiam esse processo.
Você não vai precisar usar os 40 princípios sempre, a principal ideia é que você escolha com quais que você vai trabalhar e foque neles. Você terá 40 opções, escolha as que vão ajudar a resolver seu problema. Neste artigo falarei dos 20 primeiros princípios. Lembre-se: quando falo “objeto” me refiro ao seu processo, serviço, produto, ou qualquer coisa sobre a qual você esteja trabalhando.
1 – Segmentação: Fragmentar seu objeto em diferentes partes independentes para descobrir oportunidades para a montagem criativa, desmontagem, ou design de componentes.
2 – Extração:  Retirar uma parte de um produto ou processo para explorar formas alternativas para alcançar o resultado desejado.
3 – Qualidade local: Explorar o potencial de um objeto ou processo para servir uma função adicional ou inesperado. Use uma colher para descascar uma laranja.
4 – Assimetria: Alterar a forma de um objeto a partir de simétrico para assimétrico, ou fazer um objeto mais assimétrico. Isso ajuda a revelar oportunidades para projetos alternativos.
5 – Consolidação/Mesclar: Identificar como pessoas, objetos e subsistemas podem ser combinados para satisfazer as exigências do sistema de forma inédita.
6 – Universalidade: Determinar como um objeto ou componente pode executar várias funções.
7 – Aninhamento: Também chamado de nidificação ou bonecas russas, este princípio incentiva objetos colocando um dentro do outro em várias configurações para explorar alternativas de projeto.
8 – Contra peso: Explorar maneiras de contrapeso no sistema quando ele é afetado por influências externas negativas.
9 – Compensação prévia: Ao antecipar problemas, podem ser tomadas medidas para prevenir a sua ocorrência ou atenuar as consequências quando surgem os problemas.
10 – Ação prévia: Ao antecipar mudanças regulares no estado de um sistema (por exemplo, saber quais máquinas serão utilizadas em um próximo turno) podem ser tomadas medidas para facilitar a transição entre os estados.
11 – Amortecimento prévio: Identificar como detectar e responder a possíveis falhas.
12 – Equipotencialidade: Explore como mover as coisas lado para o outro, em vez de para cima e para baixo, pode afetar a capacidade do sistema para alcançar suas funções necessárias sem gastar energia desnecessariamente.
13 – Inversão: Determinar se transformando componentes de cabeça para baixo, ou invertendo etapas de um processo, irá resolver incongruências técnicas.
14 – Esferoidicidade/curvatura: Identificar como plana ou partes planas podiam ser alterados para componentes curvos ou esferoidais, por exemplo, rolamentos de esferas ou espirais.
15 – Dinamização de propriedades: Explorar forças externas que agem como sobre o sistema terá impacto sobre a sua estrutura e integridade.
16 – Ação parcial ou excessiva: Determinar se fazer menos de alguma coisa, ou fazer mais de alguma coisa, pode resolver o problema.
17 – Mudança para uma nova dimensão: Se um problema não pode ser resolvido no número de dimensões permitidas para o problema, aumentar o número de dimensões. Adicionar cantos, curvas, ou ir em torno de componentes dentro do sistema, ou introduzir a dimensão de tempo.
18 – Vibração mecânica: Injetar energia em um objeto de sacudi-lo ou aplicar som e investigar como ele responde.
19 – Ação Periódica: Determinar como as partes do objeto, onde a força é aplicada continuamente, precisaria ser alterado se a força ocorre em rajadas.
20 – Continuidade da ação útil: Identificar como reduzir o tempo ocioso ou fazer uso alternativo do tempo.
A Triz é um processo que define um problema específico e faz dele um problema genérico que utiliza 40 princípios inventivos para descobrir uma solução específica e genérica.
TRIZ-inovacao-2

Vamos para um exemplo para que você consiga entender melhor. Temos um problema com a torneira que tem dois registros, um com água quente e outro com água fria.
O nosso problema específico é a dificuldade em obter o fluxo e a temperatura ideais da água na torneira. Controlar a temperatura envolve aumentar ou reduzir o fluxo de água, e vice-versa, então, nosso problema genérico é o controle independente de fluxo e temperatura.
torneira-problema-triz
Seguindo nosso processo, nós precisamos encontrar uma solução genérica a partir dos 40 princípios da TRIZ, e seguindo a tabela que divulguei no artigo anterior, vamos usar o princípio de 1 – Segmentação e 5 – Consolidação.
1 – Segmentação: Fragmente seu objeto em diferentes partes independentes para descobrir oportunidades para a montagem criativa, desmontagem, ou design de componentes.
5 – Mesclando: Identificar como pessoas, objetos e subsistemas podem ser combinados para satisfazer as exigências do sistema de forma inédita.
Através disso conseguiremos nossa solução específica: consolidar os dois registros (água quente e água fria) num único e separar o controle de fluxo da água (movimento vertical) do controle de temperatura (movimento circular). Resultou neste produto:
torneira-problema-solucao-triz
Até o próximo artigo com os outros 20 princípios! 😀
ARTIGO #01: TRIZ: 40 tons de Inovação (Parte 1)
ARTIGO #02: TRIZ: 40 tons de Inovação (Parte 2)

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3 comentários em “TRIZ: 40 tons de Inovação (Parte 2)”

  1. Sempre que posso acesso o blog e só encontro conteúdo de qualidade. Esse método é muito interessante.

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