Engenheiro Químico pela Escola de Engenharia da UFMG. Black Belt, Six Sigma pela Werkema Consultores. Pós-Graduado em Gestão de Laboratórios pela UNICAMP. Gerente de Laboratórios da CSN Mineração. Coordenador da Comissão de Estudos para Amostragem e Preparação de Amostras em Minério de Ferro para a ABNT – Associação Brasileira de Normas Técnicas. Acredita profundamente que: “Nosso maior medo não deve ser o fracasso, mas ser bem sucedido no que não importa.” – Francis Chan. Para me conhecer mais, acesse meu LinkedIn.
No Brasil, todo mundo entende de futebol! Escalaríamos a seleção campeã do mundo sem nem precisar saber quem seria o adversário! Médicos? Temos aos montes! Gripe? Tome um chá! Dor de cabeça? Tenho um remédio que é “tiro e queda”. E Presidente da República? Não há quem não saiba tirar a economia do buraco ou moralizar a república.
O brasileiro é um palpiteiro por excelência! Conseguimos opinar em qualquer assunto. Temos solução para qualquer problema. Somos criativos, dinâmicos, despojados. Temos características únicas. Mas será que utilizamos esta marcante característica de forma eficaz?
Organizando os palpites
Com certeza, você já ouviu falar sobre o brainstorming, que foi traduzido para o português como “tempestade de ideias”. Sessões de brainstorming são nada mais nada menos que a utilização desta característica para resolver problemas, porém de forma estruturada e clara.
Em suma, quando se tem um problema que vem impactando a sua organização, reúne-se um seleto grupo de “palpiteiros” que irão propor soluções para aquele problema. Mas não se trata de propor soluções já elaboradas, testadas e que tem de estar completas e bem planejadas. São ideias que vem à cabeça e logo já são ditas, sem filtro para selecionar o que faz sentido do que não faz.
É aproveitar soluções dos colegas para auxiliar na proposição das suas, completando ou complementando, sem vaidade, sem se preocupar se quem deu a ideia fui eu ou foi outro. E, por fim, fazer tudo isto sem preconceito!
Uma sessão de brainstorming de sucesso tem um princípio fundamental: é proibido reprimir ou constranger outro participante pela ideia que ele deu! Não importa se para você aquela solução proposta não é a mais adequada ou mesmo não faz sentido. Pode ser que para outro integrante do grupo, ela seja a chave do mistério para que a solução apareça.
Somos especialistas em críticas, mas nem tão bons assim em ouvir a opinião dos outros. O brainstorming é uma excelente oportunidade de trabalhar esta competência. Temos de ouvir os palpites de todos e a maior quantidade de palpites possível! Mas não é só ouvir! É ouvir e escutar, pois, com certeza, servirão como complemento para nossos pensamentos.
Enfim, para que tenhamos uma sessão de boas ideias e de soluções eficazes, é fundamental que não sejam feitas críticas. Pois, do contrário, as pessoas se calarão e o trabalho em equipe se tornará individual. E não faz sentido reunir um grupo para termos uma opinião individual! Brainstorming é pluralidade!
Da próxima vez que você não concordar com a escalação do seu time de futebol do coração, lembre-se: escalações diferentes da sua também podem fazê-lo ser campeão!
2 comentários em “O Brainstorming, o Brasil e o Reino dos Palpiteiros!”
muito bom