Já vimos sobre a função do Sistema de Gestão da Qualidade no post anterior e hoje vamos entender sobre a evolução desse recurso para assim conhecer de forma efetiva seus benefícios.
A preocupação com a Qualidade é milenar. Sua utilização como função gerencial determinou práticas utilizadas durante certo período, fomentando o surgimento de outras sistemáticas incorporadas à gestão como ferramentas específicas. Entre outras podemos citar as seguintes:
Inspeção: Nesse período a qualidade se restringia ao produto acabado, não produzindo Qualidade, mas apenas indicando defeitos. Os consumidores acabavam inspecionando os bens e serviços.
Controle Estatístico: Com o aparecimento da produção em massa, surge o Controle Estatístico (CEP), a introdução de técnicas de amostragem, e procedimentos com base estatística e o setor de Controle da Qualidade. Sistemas da Qualidade começam a ser Introduzidos (Anos 30 EUA; Anos 40 Japão).
Gestão da Qualidade Total: Na década de 50 surge uma nova filosofia gerencial, marcando o deslocamento da análise do produto ou serviço para a concepção de um Sistema da Qualidade. A Qualidade deixa de ser um aspecto do produto e responsabilidade apenas de um departamento e passa a ser uma atribuição de toda a organização (PDCA).
Na década de 80 em diante, com vistas à sobrevivência das empresas e consideração à uma sociedade mais competitiva, o Planejamento Estratégico se consolida atrelado às novas técnicas de gestão e impacto da Qualidade sobre todo o mercado. A Excelência da Qualidade é a nova ordem das organizações.
“Todos nós devemos ver a Gestão da Qualidade não apenas como mais um programa de modernização. Trata-se de uma nova maneira de ver as relações entre as pessoas, na qual o benefício comum é superior ao de uma das partes.”
E para mantermos a produtividade também é imprescindível que não deixemos a falta de Qualidade impactar negativamente. Devemos então levar em consideração os seguintes fatores:
- Deficiências na capacitação dos recursos humanos quanto aos conceitos e premissas do SGQ (Sistema de Gestão da Qualidade),
- Modelos gerenciais que não geram motivação à força de trabalho,
- Tomada de decisões não sustentadas adequadamente por fatos e dados gerados pelo próprio SGQ,
- Posturas e atitudes que não promovem a melhoria contínua dos processos.
A Gestão da Qualidade precisa ser entendida como uma filosofia que exige mudanças de atitudes e comportamento, visando:
- A mudança de cultura da Organização como um todo,
- A descentralização da estrutura de decisões,
- O contínuo aprimoramento dos processos,
- O comprometimento de todos com o desempenho e resultados,
- Autocontrole (mudança do sistema de controle da Qualidade atual),
- Relações internas mais participativas,
- Comunicação mais eficiente
A ideia básica de um planejamento da Qualidade como objeto de um Sistema de Gestão é a busca da produção dentro da conformidade, ou seja, a produção correta da primeira vez. Mas irei falar sobre este assunto na próxima oportunidade.
Para simplificar seu entendimento, veja esse infográfico que ilustra as Eras da Qualidade:

Referência
Longo, R. M. J. – 1994