Graduada em Administração de Empresas, MBA em Gestão da Qualidade e Auditora Líder ISO 9001. "Qualidade é o resultado de um ambiente cultural cuidadosamente construído. Tem que ser o tecido da organização, não parte do tecido." Phil Crosby
Você já assistiu ao filme Divertidamente (Inside Out)? Aquela animação da Pixar que explora as emoções humanas, e o melhor, de uma forma divertida e tocante. Assim como no filme, onde as emoções Alegria, Tristeza, Medo, Raiva e Nojinho controlam o “painel de controle” das emoções de Riley, dentro das empresas, diferentes fatores podem influenciar o comportamento dos colaboradores no que diz respeito ao engajamento na qualidade.
Pois bem, neste post resolvi trazer essa analogia da viagem pelo cérebro da pequena Riley para te explicar como podemos engajar colaboradores em iniciativas de qualidade dentro das organizações.
Vem comigo, explorar dinâmicas que podem ser utilizadas para criar um ambiente de trabalho mais colaborativo e engajado.
Alegria: celebrando as pequenas vitórias
No filme, Alegria está sempre buscando manter Riley feliz e otimista, mesmo nos momentos difíceis. No mundo da qualidade, uma dinâmica inspirada nessa personagem poderia ser o Reconhecimento das pequenas conquistas.
Organize uma dinâmica semanal onde os colaboradores possam compartilhar pequenas melhorias que fizeram em seus processos ou iniciativas que tomaram para garantir a qualidade.
Pode ser algo simples, como ajustar um procedimento ou até melhorar o atendimento a um cliente.
O objetivo é que todos vejam que cada ação conta para a excelência, e que os esforços são valorizados.
Isso vai ajudar a criar um ambiente onde a qualidade não é vista como um fardo, mas como uma cultura a ser celebrada.
Tristeza: aprender com os erros
Tristeza, embora pareça estar sempre apagada, é fundamental para o equilíbrio emocional. Além disso, mostra que é importante sentir e lidar com as emoções difíceis.
Nas empresas, nem sempre tudo sai conforme o planejado, e lidar com não conformidades é uma parte inevitável.
Uma dinâmica interessante seria o Círculo de Reflexão sobre Não Conformidades, onde a equipe se reúne para discutir problemas que surgiram e como eles foram resolvidos.
Em vez de focar no erro em si, o objetivo aqui é extrair lições e fortalecer a cultura de melhoria contínua.
Lembrando que, assim como no filme, às vezes os momentos de tristeza (ou falhas) são catalisadores para grandes mudanças e aprendizado.
Raiva: transformando desafios em oportunidades
Raiva, no filme, está sempre pronto para agir quando as coisas não saem como o esperado. Nos negócios, os desafios e frustrações do dia a dia podem, sim, gerar raiva.
Mas por que não transformar essa energia em uma força para a mudança?
Aqui, a dinâmica do Desafio de Processos pode ser uma ferramenta eficaz.
Divida os colaboradores em pequenos grupos e apresente a eles um problema real enfrentado pela empresa no que diz respeito à qualidade.
O objetivo de cada grupo é trazer uma solução inovadora para resolver o desafio.
A competição saudável e a chance de expressar suas ideias canalizam a “Raiva” de maneira construtiva, promovendo inovação e engajamento.
Medo: enfrentando o desconhecido
O Medo, no filme, sempre tenta evitar que a personagem principal se machuque ou tome decisões arriscadas. No ambiente de trabalho, o medo normalmente surge quando os colaboradores precisam sair da zona de conforto, principalmente ao adotar novas práticas de qualidade ou ferramentas.
Uma boa dinâmica para trabalhar esse aspecto é o Desafio de Superação.
Organize uma atividade em que os colaboradores são incentivados a aprender algo novo, como uma nova ferramenta de gestão da qualidade ou metodologia, e depois apresentem isso para a equipe.
Essa abordagem colaborativa não só reduz o medo do desconhecido, mas também reforça a ideia de que todos podem aprender juntos e evoluir continuamente.
Nojinho: promovendo o orgulho por um trabalho bem-feito
Nojinho, no filme, sempre age como um filtro, ajudando a evitar aquilo que é “desagradável”.
Nas empresas, essa emoção pode ser associada à busca pela excelência, fazendo com que os colaboradores se sintam orgulhosos de entregar um trabalho impecável e em conformidade com os padrões de qualidade.
A dinâmica Orgulho pela Qualidade pode ser um exercício interessante. Crie uma espécie de “vitrine de excelência”, nela deixe exposto os projetos ou produtos que atingiram altos níveis de qualidade.
Isso pode ser desde um quadro de avisos físico até uma seção no sistema interno da empresa. Ver o próprio trabalho ou o dos colegas sendo reconhecido e celebrado vai fomentar o sentimento de orgulho e estimular mais ações voltadas à qualidade.
As emoções engajando na qualidade
Assim como no filme da pixar, cada emoção tem um papel fundamental no nosso dia a dia.
Dentro das organizações, entender e trabalhar essas emoções de maneira estratégica pode ser a chave para criar dinâmicas que contribuem com engajamento na qualidade de forma profunda e genuína. Além disso, contribui para uma cultura da qualidade viva.
Então, por que não trazer um pouco de Alegria, Tristeza, Raiva, Medo e até mesmo Nojinho para suas dinâmicas de qualidade?
Inspire o engajamento na qualidade
Transforme suas equipes inspire a inovação e mostre que, quando trabalhamos juntos, o resultado é sempre positivo. Afinal, assim como Riley, as empresas também precisam de equilíbrio para crescer e atingir a excelência.
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