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O que a Lava Jato e o futuro do Brasil têm a ver com qualidade?

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Jeison

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Sou co-fundador da ForLogic Software, hoje atuo com gente, cultura e gestão. Sou um dos criadores do Qualiex, do Qualicast (o 1º Podcast nacional focado em qualidade), criador do Blog da Qualidade (o maior blog sobre Qualidade do Brasil). Mestre em Engenharia da Produção pela UTFPR (Universidade Tecnológica Federal do Paraná), auditor líder formado com orgulho pela ATSG na ISO9001 e 22000, pai, empreendedor, e um inconformado de plantão!
Acredito na responsabilidade do indivíduo, no poder da qualidade e que podemos fazer diferente. Me acompanhe no Linkedin e no Instagram.

Você pode estar achando esse título estranho e pensando se há relação. Mas você vai entender ao ler esse artigo: no começo vou falar de economia e, no final, relacionar isso com qualidade! Ontem participamos do CEG (Congresso da Excelência em Gestão) organizado pela Fundação Nacional da Qualidade. A palestra da tarde foi de Míriam Leitão, jornalista especializada em economia, que fez uma análise do cenário do Brasil.

Em um de seus slides, Míriam Leitão nos apresentou a visão de que o Brasil funciona em consensos, períodos onde grande parte da população se mobiliza para tratar um tema ou um problema e esforçam-se para vencer esse obstáculo.

Já passamos por três importantes consensos, desde a década de 80.

  • 1985 – Democracia: A luta pelo retorno da democracia, que durou duas décadas e pôs fim a democracia interrompida.
  • 1994 – Estabilização: A luta pela Estabilização econômica do Brasil, depois de 5 planos, 6 moedas, nove zeros cortados e 50 anos de inflação alta e hiperinflação.
  • 2004 – Inclusão: A luta pela inclusão de todos, com a criação de políticas de transferência de renda e o fim do conformismo da população com a pobreza e a desigualdade.

Todos esses movimentos levaram anos ou décadas e foram até o fim, sem volta.

Agora, depois dessas conquistas, nós já estamos vivendo um quarto movimento, que a Míriam chamou de “erga omnes”, palavras do latim que significam “vale para todos”. É o movimento puxado pela Lava Jato, que luta diretamente a favor do fim da impunidade. Ela está totalmente certa, mas eu acredito que vai além disso: esse é um movimento pela moralização e pela ética.

Mais que prender políticos, empresários e poderosos nunca antes presos, para que esse quarto consenso aconteça, é necessária uma caçada aos pequenos delitos, aqueles cometidos dentro de nossas empresas, clubes, casas, ou seja, no nosso convívio.

E aqui entra a qualidade: se estudarmos os modelos modernos de gestão, como ISO 9001, o MEG (Modelo de Excelência em Gestão da FNQ) ou qualquer outro, vamos ver que ética, a responsabilização e o respeito nas relações são os itens chave para o desenvolvimento.

Os sistemas de gestão são pensados dessa forma para que estes valores éticos direcionem empresas, e, como consequência, a sociedade, porque precisamos pensar que um CNPJ, uma pessoa jurídica, nada mais é que um agrupamento de CPFs, de pessoas físicas. Assim, as pessoas que têm a qualidade e a excelência como práticas verdadeiras do dia a dia não pensam ou toleram essa corrupção!

Portanto, a qualidade passa pela honestidade da equipe ou de um profissional, em apontar exatamente os problemas encontrados na auditoria interna por exemplo, ou em pensar que os processos que atenderem o meu departamento devem colaborar como um todo para geração de valor dos clientes, respeitando todas as partes interessadas do processo. A qualidade depende do respeito às outras pessoas e do exercício da meritocracia, colocando fim no apadrinhamento, políticas de compadres e coleguismo dentro da empresa.

Esse movimento depende de pessoas que combatam os pequenos delitos éticos dentro da empresa e deve ser um hábito, para que se espalhe também na vida pessoal de cada um, que levará qualidade por onde passar.

A qualidade tem tudo a ver com o fim da corrupção e rumo a um país mais digno. Acredite: fazer a coisa certa aí na empresa ajuda a melhorar o país que estamos deixando para as próximas gerações.

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