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Alta Performance e Propósito: como impulsionar resultados e superar desafios

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Jeison

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Sou co-fundador da ForLogic, hoje atuo com gente, cultura e gestão. Sou um dos criadores do Qualiex, do Qualicast (o 1º Podcast nacional focado em qualidade), criador do Blog da Qualidade (o maior blog sobre Qualidade do Brasil). Mestre em Engenharia da Produção pela UTFPR (Universidade Tecnológica Federal do Paraná), auditor líder formado com orgulho pela ATSG na ISO 9001 e 22000, pai, empreendedor, e um inconformado de plantão!
Acredito na responsabilidade do indivíduo, no poder da qualidade e que podemos fazer diferente. Me acompanhe no Linkedin e no Instagram.

Recentemente, tive o prazer de assistir a uma palestra inspiradora com Mariano Gomide, fundador e co-CEO da VTEX. Automaticamente, conectei com o que temos discutido na Semana da Qualidade, sobre performance e compliance. Mais do que isso, é sobre como a alta performance e o cumprimento de um propósito maior são temas que estão entrelaçados.

Uma frase dita por ele me chamou a atenção:

“Seja mais curioso pelo seu futuro do que orgulhoso do seu passado”

Trazendo a visão de que, quando nos achamos prontos ou mesmo satisfeitos com o que já conquistamos, é preciso fugir dessa armadilha e olhar para frente, para o que está por vir. Isso me lembrou de Peter Drucker e seu famoso conselho:

“A melhor maneira de prever o futuro é criá-lo.”

A estratégia, então, não se limita a cumprir metas de curto prazo; ela é uma busca contínua para moldar o futuro com uma visão clara e um propósito definido.

Para entender mais sobre esse propósito maior, ele trouxe o exemplo de quem pensa fora da caixa. Quando perguntado se já havia conquistado tudo, ele interrompeu a pergunta e argumentou:

“Como assim? O Brasil já é referência em engenharia no mundo? Não, então não conquistamos tudo ainda. No dia em que transformarmos o Brasil na referência que ele deve ser, então sim. O Brasil tem muitas empresas globais de brasileiros, mas poucas empresas globais brasileiras. Isso tem que mudar. O brasileiro é muito maior que o Brasil.”

Isso conectou fortemente comigo. Claro que não podemos nos contentar com sucessos parciais. Como ele mesmo disse, devemos mais do que gerar valor ao stakeholder; devemos construir literalmente o futuro.

Veja, conectar o propósito maior com a performance torna a jornada muito mais significativa, especialmente para uma empresa que está presente em mais de 40 países.

Alta performance é contratar certo e treinar

Para ter alta performance, antes de mais nada, é necessário ter objetivos claros. É preciso combinar o jogo. Quando vamos correr uma maratona de 42 km, de nada adianta contratar corredores de 100 metros.

Outro ponto que me fez refletir foi: normalmente, as empresas contratam por necessidade, ou seja, de acordo com a demanda vinda do cliente. As contratações são feitas para atender a essa necessidade. Segundo Mariano, esse é um dos maiores erros.

Você deve contratar por planejamento. Ou seja, você planeja e contrata; talentos bem contratados constroem valor que traz clientes, não o contrário.

Veja, a performance já vem do estilo de pensamento na contratação, algo pouco visto hoje em dia. Nos conselhos que participo ou nas empresas que visito, é comum ver pessoas discutindo se “tais pessoas” estão dando retorno. A visão é sempre imediata, mas quantos pensam no futuro?

Treinar

A alta performance pode ser estimulada com treinamento. Você precisa de uma política efetiva de manter as pessoas sendo treinadas o tempo todo. Entre 10 e 15% do tempo do time deveria estar destinado ao treinamento. E o principal desafio é não deixar o dia a dia tirar esse tempo para “emergências” que invariavelmente surgem.

Sabemos hoje a dificuldade que temos em estabelecer essa rotina para nós mesmos. Imagine quando levamos isso para dentro da empresa, para que seja sistemático e sistêmico? Um desafio e tanto.

Como o próprio Mariano falou, quando surge uma emergência, voltamos ao comportamento reptiliano e fazemos o que já conhecemos, o que nos protege. Pouca gente pensa “vamos treinar mais”, mas é treinando que você pega alguém de alto potencial e o eleva para alta performance.

A escolha difícil da alta performance

Outro ponto instigante, que me acertou em cheio, e com o qual concordo, é:

“Gerenciar o mediano mata a alta performance”.

Vamos entender.

Segundo Mariano, gerenciar o talento mediano é confortável, já que ele faz exatamente o que você quer. Ele acata demandas, entrega resultados medianos, e cumpre o que foi demandado. Porém, gerenciar pessoas de alto potencial e alta performance é muito mais difícil.

E uma empresa realmente performa com profissionais de alto potencial e desempenho. O talento mediano vai destruindo a empresa de dentro para fora. É preciso ter coragem para dispensar o mediano, que geralmente é simpático e todos gostam dele. Enquanto o alto potencial é jovem e impetuoso, o profissional de alto desempenho quase nunca é unanimidade dentro do time.

Trabalhar com alta performance é ter coragem de tirar os gestores medianos e inserir crises no time para que eles possam performar. Quando tudo está funcionando bem, é o momento de estimular algo novo, criar uma crise.

Alta performance supera crises

Trazendo para nossa realidade, é exatamente isso que vivemos na empresa onde trabalho. As coisas estão indo bem, estamos crescendo. Nesse momento, surge uma ideia para um novo mercado, um novo produto, algo diferente para trabalhar.

Na minha experiência, é nessa hora que sabemos quem é quem. Pessoas medianas querem continuar fazendo o que está sendo feito, enquanto o time de alta performance encara o desafio (a crise instalada) como uma oportunidade, chegam a brilhar os olhos.

Nessa linha, faz sentido quando Mariano defende que é de valor inestimável cultivar e investir em talentos de alto potencial e desempenho dentro da organização.

Ele enfatizou que esses indivíduos não são apenas os propulsores do crescimento e da inovação, mas são essenciais para manter a competitividade e a relevância da empresa em um mercado global dinâmico. Esta abordagem contrasta fortemente com os perigos de se conformar com o desempenho mediano, que pode levar à estagnação e até à deterioração da cultura empresarial.

Ele propõe um ambiente onde o desafio constante e a busca por melhoria são a norma, incentivando uma cultura de excelência que eleva todos a aspirarem e alcançarem patamares mais altos de realização e contribuição.

Só alta performance constrói o futuro

Por fim, a visão do co-CEO reflete uma filosofia em que a verdadeira alta performance é alcançada desencorajando a mediocridade e estimulando o crescimento contínuo. Ele encoraja os líderes a serem implacáveis na busca por talentos que não apenas atendam às expectativas, mas que as superem, transformando desafios em oportunidades para inovação e sucesso sustentável.

Esse enfoque não só molda uma equipe mais forte, mas também prepara a empresa para enfrentar desafios futuros com resiliência e agilidade.

Empresas precisam aceitar que trabalhar com alta performance não é simples, tampouco confortável. Mas é o caminho duradouro para construir o futuro, direcionado para aquilo em que acreditamos, sendo essencial para gerar o valor que pretendemos e colocar as virtudes que buscamos em prática no dia a dia.

E não se esqueça: para a empresa aceitar isso, os líderes devem compreender e embarcar nessa jornada de alta performance. Isso está acontecendo por aí?

Falando em propósito

O conceito de compliance na VTEX vai além de aderir a regulamentos. É visto como um alicerce para a excelência operacional. Joseph Juran, um pioneiro da gestão da qualidade, enfatizou que qualidade e compliance são planejados e integrados nas raízes da cultura empresarial.

O CEO discutiu também a necessidade de aprendizado constante e adaptação, princípios que Deming defendia para a melhoria contínua. Na VTEX, investe-se pesadamente no desenvolvimento de talentos, visando não só atender às normas regulatórias, mas superá-las, elevando a barra de performance e ética.

A conversa ganhou um tom ainda mais inspirador quando ele tocou no ponto de transformar o Brasil em uma referência global de inovação e ética empresarial. Simon Sinek diria que as pessoas são movidas pelo “porquê” das ações, e o CEO da VTEX definiu esse “porquê” com um chamado ao propósito que transcende os lucros, visando elevar toda uma nação.

Richard Barrett complementaria essa visão, argumentando que as empresas que operam com um senso de propósito alinhado a virtudes éticas não só prosperam mais, mas também contribuem significativamente para o desenvolvimento social. Esse é o objetivo da VTEX: liderar pelo exemplo, não apenas no mercado, mas como um pilar de virtudes e valores.

Ao aproximar o fim de sua fala, ele reiterou a importância de uma missão corporativa profundamente enraizada em valores éticos e um propósito claro. Isso não só cria um legado duradouro, mas também inspira todos ao redor a buscar uma melhoria contínua, transformando desafios em oportunidades de crescimento sustentável.

Uma lição para a vida!

Encerrando, a palestra deixou uma marca indelével em todos nós. Não apenas pelas estratégias de negócios discutidos, mas pela visão elevada de como as empresas podem e devem operar. A VTEX não está apenas vendendo produtos ou serviços; está moldando o futuro com integridade e propósito, uma lição que todos nós podemos levar para a vida.

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