Líder de implantação MPS-BR e ISO:9001 no Grupo Forlogic. Tecnóloga em Análise e Desenvolvimento de Sistemas pela UTFPR, e pós-graduada em Testes de Software pela UEL. Mais informações no Linkedin.
A norma ISO 9001:2015 traz como uma das principais mudanças a maior flexibilidade nas exigências sobre procedimentos documentados, o manual da qualidade não será mais obrigatório. Isso significa que todo trabalho gasto na elaboração de procedimentos foi perdido?
Na minha opinião essa mudança traz a oportunidade de repensarmos como repassar o conhecimento, como treinar as pessoas nos processos de uma maneira menos burocrática e mais dinâmica. Com a informatização cada dia maior dos processos, o detalhamento dos procedimentos começa a ser reduzido, pois os próprios sistemas de informação induzem o indivíduo a execução sistêmica do processo.
Muitas vezes os procedimentos possuem detalhamentos desnecessários ou a falta de informações primordiais. Os profissionais mais experientes dificilmente consultam os procedimentos, pois já estão familiarizados com o processo, já os que acabaram de ingressar na empresa são sobrecarregados de leitura, isso torna a integração pesada e muitas vezes ineficiente.
A documentação é importante para a organização, principalmente quando se trata de novos colaboradores, para evitar a total dependência de outros colaboradores para a execução dos processos, mas como tudo na vida, a diferença entre o veneno e o remédio é a dose, temos que balancear as práticas para repassarmos as informações e nos atentarmos cada vez mais em gerir o conhecimento existente na organização.
É necessário parar e pensar como podemos melhorar, talvez com mais treinamentos presenciais, a informatização dos processos, programas com tutores, vídeo-aulas, enfim, isso vai variar de empresa para empresa, mas com certeza a mudança da norma trarão várias boas ideias a serem aplicadas.
5 comentários em “ISO 9001:2015: presságio de morte dos Procedimentos?”
Muito importante esta alteração do processo na ISO 9001 2015 no entanto, essa ausência de documentação em procedimentos deve ser muito bem gerenciada pois, não é incomum que um procedimento passado para um funcionário recém ingressado no trabalho, ao se tornar hábito acabe sendo automaticamente modificada sendo necessário um retreinamento.
Acredito que não havera ausência de documentação, pois ela já está nas raízes de empresas que possuem essa certificação. Mas poder migrar esses documentos para audiovisual será uma proposta interessante, tanto para educar um colaborador, quanto para se armazenar, uma vez que toda aquela papelada ocupa um grande espaço físico dentro de uma empresa.
É uma mudança bem produtiva e acredito que a adaptação será tranquila, pois o que é preciso é quebrar o paradigma de que é preciso papel em tudo. Alguns procedimentos ou ITs (locais específicos) ainda precisarão ser impressas, mas o original, poderá ser eletrônico, dispensando acúmulo de papel armazenado.
Até porque com a tecnologia avançando do jeito que está, utilizar os documentos de forma ‘digital’ chega a ser mais fácil pra uma pessoa que deseja acessar por Smartphones e/ou Tablets do que carregar um monte de papel debaixo do braço pra tudo que é canto que for. Achei bem interessante