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TRIZ: 40 tons de Inovação (Parte 3)

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Monise Carla

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Auditora Líder ISO 9001:2015, ISO 22000:2018 e ISO 31000:2016. Redatora do Blog da Qualidade e Especialista de Comunicação no Qualiex! Eu ajudo profissionais a resolverem problemas de qualidade por meio de tecnologia e acredito que esse é o primeiro passo para uma vida de Excelência. Gosto de rock, desenho animado e vejo qualidade e excelência em tudo isso. Não me leve tão a sério no Twitter, mas se preferir, você também pode me encontrar no Facebook e Linkedin.

No último artigo, “TRIZ: 40 tons de Inovação (Parte 2)” eu apresentei os 20 primeiros princípios de inovação da Teoria de Solução Inventiva de Problemas (TRIZ). Vamos continuar nosso estudo sobre inovação entendendo os outros 20 princípios.
21 – Aceleração: Explore o processo realizando as etapas mais rapidamente para diminuir erros. Ex: Corte rápido o plástico para não aquecer e deformar, ou broca odontológica de alta velocidade para evitar o aquecimento do dente.
22 – Transforme um prejuízo em lucro ou “Bênção disfarçada”: Determinar se os impactos adversos ou de resíduos pode ser reformulada e tratado como benefícios. Você pode remover o fator indesejado pela combinação com outro fator indesejado ou incrementar ações indesejadas de forma que deixem de ser indesejadas. Ex: A radiação do micro-ondas para esquentar alimentos é combater fogo contra fogo.
23 – Retroalimentações ou Qualificações: Monitorar pontos dentro do sistema e avaliar se utilizando essa informação pode revelar novas oportunidades para melhorar o produto ou processo. Ex: sensor de estacionamento para veículos, usa uma informação para melhorar o senso de distância do motorista.
24 – Mediação: Explorar a adição de um novo componente em um sistema para reduzir temporariamente ou permanentemente os impactos adversos. Ex: o diferencial de um carro transmite a força do motor para as rodas.
25 – Auto-serviço: Avalie se há aspectos do sistema que pode ser auto-regulação e de auto-reparação. Utilizar energia ou materiais perdidos ou rejeitados no processo.
26 – Copiar: Avaliar se um exemplo de um componente do sistema poderia ser usado em vez de dois ou mais do mesmo componente. No geral é substituir objetos de difícil obtenção, frágeis ou caros por cópias simples e baratas. Ex: Visualizar a impressão antes de imprimir em papel.
27 – Uso e descarte: Identificar se descartáveis ​​de curto prazo podem desempenhar um papel na solução. Ex: Copos, pratos e talheres descartáveis.
28 – Substituição de meios mecânicos: Substitua sistemas mecânicos com sistemas invisíveis, magnéticos, elétricos, acústico, táctil ou software para ver como componentes do produto ou processo reagem. Ex: cercas elétricas.
29 – Construção da Pneumática e Hidráulica: Substituir sólidos com líquidos ou gases para ver como componentes do produto ou do processo reagem. Ex: plástico bolha como embalagem.
30 – Uso de filmes finos ou membranas flexíveis: Identificar se a introdução de folhas finas de materiais em partes do sistema iria aliviar o problema. Ex: lentes de contato.
31 – Uso de materiais porosos: Determinar se os poros devem ser introduzidos ou maximizados dentro dos materiais que compõem o sistema. Ou seja, usar furos em uma estrutura para reduzir peso.
32 – Mudança de cor: Ajuste a cor do componente ou sistema para sinalizar significados diferentes para usuários ou clientes, ou identificar se as alterações de cor indicar que novas informações devem ser postas em prática.
33 – Homogeneização: Explore como o sistema iria mudar se você usou um tipo de material para sua construção. Ex: Colheres e espátulas de plástico ou silicone para não agredir o revestimento Teflon de panelas.
34 – Descarte e Regeneração: Determinar como rejeitar ou regenerar componentes pode ajustar as construções dentro do sistema. Ex: capsula de remédio que se dissolve após ingestão.
35 – Mudança de parâmetros e propriedades: Também como descrito transformar estados físicos e químicos, isto requer avaliar como o sistema é resistente a alterações na composição física e parâmetros no ambiente externo, tais como a temperatura. Ex: Deixar gases líquidos para ser mais fácil transportar.
36 – Mudança de Fase: Explore como parar, iniciar e influenciar de outro modo as transições entre diferentes estados dentro do sistema. Ex: Gases que absorvem calor quando mudam do estado líquido para gasoso, princípio utilizado nas geladeiras.
37 – Expansão térmica: Identificar como o aquecimento ou arrefecimento de um sistema irá influenciar a sua estrutura, o feedback entre os componentes, ou outros fatores. Ex: termostatos que desligam equipamentos a partir de certa temperatura.
38 – Uso de oxidantes fortes: Determinar se adicionar ou remover o oxigênio do sistema vai mudar a sua estrutura ou constituição. Ex: Maçarico de oxi-acetileno para cortar metais.
39 – Uso de atmosferas inertes: Se as variáveis ​​ambientais são os impactos negativos, explore o resultado de substituir o ambiente normal por um ambiente inerte. Ex: gás inerte que protege o filamento da lâmpada.
40 – Uso de materiais compostos: Explorar se substituição de materiais tradicionais com compostos irá remover as contradições técnicas, consiste em basicamente substituir materiais homogêneos por materiais compostos. Ex: uso de fibra de carbono para aumentar resistência de aviões.
Quando Altshuller construiu a Teoria de Solução inventiva de problemas (TRIZ) ele identificou 5 níveis básicos de inovação que vou dar exemplos com base na indústria automobilística.
Nivel 1: Melhoria simples de um sistema técnico. Geralmente trabalha um conhecimento disponível do sistema e não constitui uma inovação de fato. Ex: Padronização. Criar linhas de produção no século XIX fez a padronização ser algo totalmente inovador.
Nivel 2: Invenção que envolve a resolução de uma contradição técnica. Nesse nível já é necessário ter um conhecimento mais relevante que pensa em mais áreas que envolvem o sistema e podem afetar o produto / serviço. Ex: A criação do veículo com habitáculo fechado, trouxe uma proteção para motoristas e passageiros, trazendo uma melhoria muito válida do produto original.
Nível 3:  Invenção que contempla uma contradição física. Aqui é necessário não só entender as áreas do sistema interno, mas do sistema da concorrência. Seria como fazer um benchmarking para transformar o produto / serviço. Ex: O design arredondado afim de diminuir atrito e conquistar mais velocidade ajudou também a evolução do automóvel.
Nível 4: Desenvolvimento de uma nova tecnologia com uma solução de ruptura. Não basta entender o seu negócio e o negócio do seu concorrente, é necessário assimilar vários fenômenos que parecem estar fora do contexto, conhecer novas ciências e associá-las para chegar ao resultado desejado. Ex: Novos combustíveis, como por exemplo veículo que se move por eletricidade, traz uma ruptura dos conceitos até então desenvolvidos.
Nivel 5: Descoberta de algo TOTALMENTE novo. Ex: A descoberta que permitiu a criação dos veículos automotores foi a roda.
A partir desses níveis, Altshuller concluiu que 77% das patentes envolver os níveis 1 e 2. A metodologia ajuda os inventores a elevar sua inovação para os níveis 3 e 4.
A arte da inventividade é a habilidade de remover barreiras para a idealidade, de forma a melhorar qualitativamente um sistema técnico.” (ALTSHULLER, 2005, p. 16)
BMW, Chrysler, Ford, General Motos, Motorola, Samsung, Siemens, NASA, Johnson & Johnson, Shell, Goodyer, enfim, empresas no Brasil e no mundo usam a TRIZ, é um assunto bem extenso e que eu recomendo estudar mais sobre o assunto se você tem realmente interesse de implantar. O livro TRIZ do Alaércio Nicoletti Júnior é um bom começo.

Referências:
Evolutriz.
Aditiva.
NICOLETTI, Alaércio. Triz. Clube de Autores, 2011.

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