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Sistema OPT (Optimized Production Tecnology)

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Juliana Geremias

Juliana Geremias

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Graduada em Administração de Empresas e MBA em Gestão da Qualidade
"Qualidade é o resultado de um ambiente cultural cuidadosamente construído. Tem que ser o tecido da organização, não parte do tecido." Phil Crosby

O sistema OPT (Tecnologia da Produção Otimizada) foca os esforços da empresa para um único resultado: lucratividade. Desta forma, três indicadores financeiros são mais importantes: lucro líquido, retorno sobre o investimento e fluxo de caixa. Outros três indicadores de desempenho operacional também são muito importantes: taxa de produção de produtos, inventário e custos operacionais. Esses indicadores operacionais irão refletir diretamente nos indicadores financeiros da empresa. Se a taxa de produção aumenta enquanto o inventário e os custos operacionais permanecem constantes, haverá o aumento do lucro líquido, retorno sobre investimento e fluxo de caixa.
O OPT tem como objetivo tratar os gargalos, que podem ser em máquinas, níveis de demanda ou legais, como por exemplo, não trabalhar em feriados nacionais, e esses gargalos afetam o desempenho global da empresa e devem ser identificados e tratados.
É composto por dez regras que otimizam os três indicadores e maximizam os indicadores financeiros:
1- O nível de utilização de um não gargalo é determinado por alguma outra restrição do sistema, não por sua própria capacidade.
2- O fluxo deve ser balanceado, não a capacidade. O fluxo da produção deve ser igual à demanda do mercado.
3- Capacidade e prioridade devem ser estabelecidos levando-se em conta todas as restrições simultaneamente.
4- Os gargalos governam tanto a taxa de produção como os estoques do sistema. O gargalo nunca deve ficar sem peças para processar.Normalmente, são planejados estoques antes do gargalo para não faltar partes para o processamento.
5- Uma hora perdida num recurso gargalo é uma hora perdida em todo o sistema de produção. Esta regra ajuda a focar as decisões gerenciais nos recursos gargalo.
6- Uma hora poupada num recurso não gargalo ilusão. A taxa de produção não irá aumentar se a produtividade aumentar num item não gargalo.
7- O lote de transferência pode não ser igual ao lote de processamento. Uma máquina não gargalo produzindo lotes grandes deve enviar suas peças para uma máquina gargalo em lotes menores, para evitar o desabastecimento do recurso gargalo.
8- Utilização e ativação de um recurso não são sinônimos. A ativação de uma máquina significa a fabricação de peças na quantidade máxima possível da máquina. A utilização significa a fabricação de peças conforme a taxa de produção. Não adianta fabricar se não houver venda do produto.
9- O lote de processamento deveria ser variável, não fixo entre as estações de trabalho. Lotes em máquinas gargalo deveriam ser maiores do que lotes em máquinas não gargalo, diminuindo assim as perdas em setup.
Os tempos de produção são resultados da programação e não podem ser determinados a priori, pois a variação no suprimento e no processo de manufatura são variações não planejadas numa base dinâmica. Desta forma, os gargalos são dinâmicos não somente na sua severidade, como também na sua intensidade, resultando em tempos de produção diferentes.
O OPT apresenta uma terminologia própria para explicar sua abordagem de planejamento e controle:

  • Tambor: o gargalo na produção se torna o tambor da produção, batendo o ritmo para o restante da fábrica
  • Corda: o trabalho na linha é puxado pela corda no ritmo do tambor, e não pela capacidade instalada.
  • Amortecedores: devem ser colocados amortecedores de estoque antes do gargalo para evitar que ele nunca pare de trabalhar.

Esse sistema traz mais vantagens quando aplicado em linhas de produção complexa com várias estações de trabalho. Em fábricas onde a fábrica inteira é vista como uma unidade única de produção, os conceitos de ritmo de produção e tempo de produção/unidades fabricadas são mais utilizados na gestão da programação.
O OPT é um método de gestão da produção que auxilia as organizações a terem mais rentabilidade a partir da identificação, gerenciamento e resolução dos seus recursos considerados como gargalos.

REFERÊNCIA
MARTINS, Petrônio G; LAUGENI, Fernando P. Administração da Produção. São Paulo: Saraiva, 2ª ed., 2006.

 

Sobre o autor (a)

3 comentários em “Sistema OPT (Optimized Production Tecnology)”

  1. Parabéns pela sinopse “enxuta” com viés de kaizen em alguns pontos textuais.
    Prof.Esp.Adm. Aécio Filho
    Consultor na BraCan Consultoria & Treinamento (Imigração/Québec) e na Reis Marques e Patentes®
    Mentor de Startups em HUBs de Inovação

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