Sou co-fundador da ForLogic Software, hoje atuo com gente, cultura e gestão. Sou um dos criadores do Qualiex, do Qualicast (o 1º Podcast nacional focado em qualidade), criador do Blog da Qualidade (o maior blog sobre Qualidade do Brasil). Mestre em Engenharia da Produção pela UTFPR (Universidade Tecnológica Federal do Paraná), auditor líder formado com orgulho pela ATSG na ISO9001 e 22000, pai, empreendedor, e um inconformado de plantão!
Acredito na responsabilidade do indivíduo, no poder da qualidade e que podemos fazer diferente. Me acompanhe no Linkedin e no Instagram.
Tive o prazer de debater com meu amigo Rogério Meira, em um podcast sobre o tema da Revisão sistemática (Systematic Review) da ISO9001. Que estava prevista pra esse ano, e que sim, aconteceu. Muitos acompanharam meu último artigo aqui: “A ISO 9001 não será atualizada, e por que deveria?“
Calma, eu vou explicar isso tudo, mas já te convido a ouvir o podcast que vale muito a pena.
O que é a Systematic Review das normas ISO
O termo systematic review do inglês talvez não tenha ajudado. O Rogério lembrou que sempre nas traduções das normas ISO e afins, quando temos o systematic review, traduzimos por “análise crítica”, mas no caso da sistematic review, acabamos simplificando o termo a “revisão sistemática” que pode ter dado a entender que aconteceria uma revisão de maneira sistemática.
Não é meia dúzia de tabacudos que decide a revisão da norma
A primeira coisa que vale muito a pena falar, é que o processo de revisão sistemática da norma não é decidido por meia dúzia de pessoas em uma sala. Eu me diverti no podcast usando o termo tabacudo que aprendi recentemente.
Na verdade, existe um processo extenso de revisão da norma, com muita gente envolvida e que ocorre de maneira global através do consenso.
Sim imagine que se pra você, decidir onde vai ser o primeiro churrasco da família em consenso com a turma tá complicado, imagina isso em escala mundial.
A revisão só acontece em consenso
Para uma norma ser criada ou mesmo revisada ou, como é o termo correto, para que sua análise crítica aconteça, todos os países são ouvidos e podem mandar suas questões.
E as revisões são aprovadas de maneira consensual, por meio de muita conversa, debate e negociação. Não são 3 ou 4 iluminados em uma sala (ou tabacudos) que decidem isso, são mais de 160 países.
Nessa análise crítica os países foram questionados se a norma atendia os requisitos a que se propunha, e nessa pergunta existem 3 possíveis respostas que vou “recortar e colar” do documento oficial da ISO que explica a sistemática de análise crítica das normas.
Na análise crítica (na revisão) é normal “CONFIRMAR”.
Uma coisa que era esperada, talvez pelo pouco entendimento de muitos e pela confusão do termo systematic review, é que a norma deveria ser mudada. Mas uma opção comum para essa análise crítica da norma, é a simples confirmação, que foi o que aconteceu.
Vejam no texto que está disponível em um documento da ISO para explicar essa análise crítica sistemática das normas, a primeira opção fala de “confimar”.
Voltando ao caso, houve um questionamento e a votação majoritária optou por confirmar a norma como ela está. Por isso o título do artigo.
A norma foi revisada sim!
Tudo bem, o título ficou polêmico, eu sei. Explicando, o que quero dizer, é que a norma passou sim por um Systematic Review, que optou pela primeira opção ‘confirmar’ a norma.
Não quer dizer que a norma foi abandonada, ou que ela caiu em desuso, e sim, que ela se mantém atual para a maioria dos países e que faz sentido continuar utilizando-a como está.
Recomendo fortemente que você escute o Qualicast com o Rogério Meira, foi uma aula, e tem muito mais coisas! Escute na íntegra:
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