Graduada em Administração de Empresas, MBA em Gestão da Qualidade e Auditora Líder ISO 9001. "Qualidade é o resultado de um ambiente cultural cuidadosamente construído. Tem que ser o tecido da organização, não parte do tecido." Phil Crosby
Você sabia que a metodologia 5G pode revolucionar a maneira como as empresas lidam com seus problemas de qualidade e produtividade?
Frequentemente, tenho lido vários conteúdos sobre qualidade, em uma dessas leituras, descobri essa metodologia e fiquei impressionado com sua eficácia. Sei que muitas empresas estão buscando maneiras de melhorar seus processos, então, decidi compartilhar essa minha “descoberta” aqui no Blog.
O que é a metodologia 5G
A metodologia 5G vem do WCM (World Class Manufacturing), e tem como objetivo recuperar as práticas mais eficazes de um sistema produtivo, diminuindo suas perdas e aumentando a produtividade.
Por sua vez, O WCM, é um conjunto de conceitos e metodologias voltado para a gestão dos processos operacionais de uma empresa, com o objetivo principal de reduzir custos, melhorar a produtividade e estabelecer um padrão de excelência para as empresas que buscam a liderança no mercado em que atuam.
O termo WCM foi usado pela primeira vez no livro “Restoring our Competitive Edge: Competing Through Manufacturing”, escrito pelos professores norte-americanos Robert Hayes e Steven Wheelwrightm e publicado em 1984. Contudo a esse conjunto de conceitos começou a ser difundida somente em 1986 no livro “World Class Manufacturing: The Lessons of Simplicity Applied”.
Vantagem de aplicar a metodologia 5G
A metodologia 5G ajuda a equipe a estabelecer disciplina na sequência das atividades.
Dessa forma, os cinco passos levam a identificação da causa raiz eliminando sua causa, já, na origem diminuindo as perdas nos processos.
Enfim, essa metodologia estimula o envolvimento dos gestores, o engajamento das equipes e, ainda, possibilita a aplicação da teoria na prática.
O que significa cada G da Metodologia 5G?
Os “Gs” são abreviações dos seguintes termos: Gemba, Gembutsu, Genjitsu, Genri e Gensoku. Como você já pode ter desconfiado, essa metodologia é japonesa, o que explica os nomes “estranhos”. Entenda o que eles significam:
1. Gemba – “o lugar onde as coisas acontecem”
Também acho que seria legal deixar cada G como
Para que não ocorra falhas na comunicação e evitar planos de ações equivocados, o primeiro passo tem como propósito orientar os gestores a acompanharem os processos que estão sendo executados a partir do chão de fábrica, ou seja, desde o início do processo.
O simples fato do gestor se dispor a ir “até lá” para identificar a falha incentiva o engajamento das equipes, criando o anseio deles quererem resolver o problema.
Resumindo, essa simples atitude causa um impacto positivo para a empresa que vai além da melhoria do processo em si.
2. Gembutsu – “examinar as ferramentas envolvidos no problema”
Neste segundo passo, os membros da equipe responsáveis pela solução de problemas, devem realizar uma análise minuciosa das máquinas, peças, objetos e ferramentas envolvidas no processo que apresentaram falha ou defeito no produto.
Durante esse processo de análise, é importante buscar pistas que possibilitem a identificação da origem da falha.
3. Genjitsu –”analise os fatos”
Esta terceira etapa consiste nas coletas de dados e fatos quantitativos sobre todos os processos e eventos envolvidos.
Enfim, essa abordagem, além de produzir indicadores confiáveis, ajudará a medir a extensão das perdas, permitindo que os gestores entendam melhor a dimensão do problema e tomem medidas efetivas para solucionar suas causas.
4. Genri – “análise dos princípios de funcionamento dos processos”
A quarta etapa da metodologia está relacionada ao conhecimento teórico, sendo essencial compreender as operações com base em evidências.
Para tornar o processo mais fácil e eficaz, é importante ter conhecimento dos conceitos, procedimentos e manuais relacionados, a fim de cruzá-los com os dados coletados.
Resumindo, embasar-se na teoria para fazer comparações com a prática e compreender o funcionamento do processo de forma mais completa.
5. Gensoku – “padrões operativos”
A quinta e última etapa direciona para o conhecimento dos procedimentos padrões que orientam as ações dos operadores nos processos.
É comum que os problemas não sejam encontrados nos equipamentos, mas sim na falta de padronização das atividades executadas.
Portanto, vale ressaltar que ao identificar um problema na operação de um colaborador, o mesmo não deve ser punido.
Pelo contrário, é necessário compreender o motivo pelo qual o funcionário não está seguindo o procedimento e, a partir dessa descoberta, buscar formas de ajudá-lo a aperfeiçoar suas atividades para eliminar a falha.
Garanta o sucesso nos processos de sua empresa
Gerenciar os problemas que surgem em uma empresa pode ser um desafio. Contudo, isso faz com que a utilização de ferramentas adequadas seja indispensável para tornar esse processo menos doloroso e eficiente.
A metodologia 5G se destaca, pois se baseia em dados e fatos para garantir decisões eficazes. Portanto, adotar a metodologia pode ser uma ótima estratégia para garantir o sucesso da sua empresa.
Ahh! Não esqueça de deixar seu comentário, dizendo o que achou da Metodolgia 5G.
Fontes:
5G Problem solving technique | Example | Free Template (techiequality.com)
5G: Gemba, Gembutsu, Genjitsu, Genri, Gensoku (sesa-systems.com)
4 comentários em “Metodologia 5G para Análise de perda e causa raiz”
Muito bom Ju, aprendi muito com o seu post!
Gostei muito, conciliar a teoria, o conceito com a pratica é de extrema importância para que possamos nos orientarmos nos processos, e claro padronizar operações.
Muito boa síntese, obrigada por compartilhar.
Ótima metodologia!
Muito obrigada por compartilhar.
Adoro estar atualizada a respeito da qualidade e procuro aplicar meus conhecimentos na rotina do trabalho.