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Novas Diretrizes: Integração de Mudanças Climáticas nas Normas de Gestão Empresarial

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Juliana Geremias

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Graduada em Administração de Empresas, MBA em Gestão da Qualidade e Auditora Líder ISO 9001. "Qualidade é o resultado de um ambiente cultural cuidadosamente construído. Tem que ser o tecido da organização, não parte do tecido." Phil Crosby

A IAF, em parceria com a ISO, emitiu um comunicado importante, recentemente. O comunicado anuncia novas diretrizes para a inclusão de considerações sobre mudanças climáticas nas Normas de sistema de gestão.  

Este anúncio marca um passo significativo em direção à integração de práticas sustentáveis nos processos organizacionais em todo o mundo. E é sobre isso que vamos abordar nesse artigo.  

Continue lendo para saber mais sobre esta declaração. 

Para começar: o que é IAF? 

A IAF, ou International Accreditation Forum, é uma associação global composta por organismos de acreditação e outros interessados na avaliação da conformidade em diversas áreas.  

Entre essas áreas estão sistemas de gestão, produtos, processos, serviços, programas similares de avaliação da conformidade entre outros. 

O Fórum tem como principal função desenvolver um programa mundial único de avaliação da conformidade. Seu objetivo é reduzir riscos para as empresas e seus clientes e, ainda, garantir a eles certificados de acreditação e declarações de validação e verificação confiáveis. 

A IAF desempenha um papel fundamental como órgão regulador das atividades dos organismos de acreditação.  

Esses organismos são responsáveis pela acreditação dos organismos de certificação. Estes, por sua vez, têm função de certificar empresas conforme normas reconhecidas internacionalmente, como a ISO 9001, ISO 14001, INMETRO, entre outras. 

Um dos instrumentos regulatórios mais importantes da IAF é o acordo de reconhecimento mútuo. Um tratado internacional que permite que todos os organismos de acreditação atuem nos países signatários.  

Isso significa que, por exemplo, o organismo de acreditação brasileiro, o Inmetro, possa atuar em todos os países membros. Da mesma forma que a JAS-ANZ, um organismo internacional australiano, pode operar no Brasil. 

Esse acordo promove o livre comércio entre os países membros, inclusive no campo de certificação de sistemas de gestão, como por exemplo a ISO 9001 e ISO 14001. 

O que levou às alterações referente a mudanças climáticas nas normas? 

A medida tomada pela ISO busca responder às necessidades de considerar impactos das mudanças climáticas na capacidade de alcançar objetivos do sistema de gestão. Essa medida também segue em consonância com a Declaração de Londres sobre Mudanças Climáticas.  

 Portanto, em fevereiro de 2024, um comunicado conjunto IAF – ISO divulgou novas diretrizes sobre a inclusão de considerações relacionadas às mudanças climáticas. A inclusão contempla os itens 4.1 e 4.2 das normas de sistema de gestão.  

Essas mudanças serão inicialmente introduzidas como emendas às normas já publicadas. Dessa forma, busca integrar considerações sobre mudanças climáticas nos processos de gestão organizacional. 

Entretanto, o novo texto proposto será fundamental para reforçar a importância da adaptação e mitigação das mudanças climáticas nas práticas de gestão empresarial.   

mudanças climáticas na norma

Tradução livre: 

“4.1 Compreensão da organização e seu contexto.  

A organização deve determinar questões externas e internas que sejam relevantes para seu propósito e que afetem sua capacidade de alcançar o(s) resultado(s) pretendido(s) de seu sistema de gestão XXX.  

Adicionado: A organização deve determinar se as mudanças climáticas são uma questão relevante.  

4.2 Compreensão das necessidades e expectativas das partes interessadas. 

A organização deve determinar:  

  • as partes interessadas que são relevantes para o sistema de gestão XXX.  
  • os requisitos relevantes dessas partes interessadas. 
  • quais desses requisitos serão abordados através do sistema de gestão XXX.  

Adicionado: NOTA: Partes interessadas relevantes podem ter requisitos relacionados às mudanças climáticas.” 

Mas o que essas novas diretrizes representam?  

As recentes alterações propõem fortalecer a consideração das mudanças climáticas dentro do escopo do sistema de gestão.  

Embora a intenção geral das cláusulas 4.1 e 4.2 permaneça inalterada, as inclusões garantem que as mudanças climáticas sejam reconhecidas como um fator externo de importância crítica, exigindo atenção por parte das organizações. 

Ou seja, as mudanças climáticas também devem ser consideradas como parte das questões internas e externas que podem impactar a eficácia do sistema de gestão.  

A objetivo é garantir, entre outras questões, que este tema importante não seja negligenciado. Mas, sim, considerado por todas as organizações no desenho e implementação do sistema de gestão.  

Enfim, o que deve ser levado em conta é que as mudanças climáticas podem afetar de maneira distinta cada componente do sistema de gestão. Por exemplo: 

O impacto em um Sistema de Gestão da Qualidade pode diferir consideravelmente do impacto em um Sistema de Gestão de Saúde e Segurança. 

A IAF e a ISO enfatizam que as mudanças climáticas são uma questão vital.  

No entanto, é preciso lembrar que as normas enfatizam a necessidade de considerar todas as questões que podem afetar os sistemas de gestão proporcionalmente. Conforme as necessidades de cada organização. 

Alguns exemplos incluem: 

  • Agricultura: Variações climáticas impactam diretamente a produtividade das culturas e a criação de animais. 
  • Seguros: O aumento de eventos climáticos extremos eleva os riscos de sinistros e, consequentemente, aumentam os custos dos seguros. 
  • Energia: A demanda por energias renováveis cresce como alternativa aos combustíveis fósseis, influenciando significativamente o setor energético. 

Fortalecendo a resiliência empresarial 

Estas alterações já entraram em vigor, no dia 23 de fevereiro de 2024. Elas destacam a importância de considerar as mudanças climáticas na definição do contexto organizacional e nas necessidades e expectativas das partes interessadas 

Na prática, empresas devem incorporar o impacto das mudanças climáticas nas operações. Elas devem antecipar e preparar ações adequadas para lidar com essas mudanças.  

Isso inclui uma análise abrangente do ambiente externo e interno, bem como das expectativas das partes interessadas. Incluindo preocupações climáticas, para garantir uma gestão eficaz e a sustentabilidade dos negócios a longo prazo. 

A adição de alterações climáticas tem como objetivo realçar o compromisso da ISO com a Ação Climática. Isso se reflete na publicação das Emendas de Ação Climática aos novos Padrões de Sistemas de Gestão ISO. 

É de extrema importância que todas as partes compreendam essa intenção para que as mudanças possam ser introduzidas e implementadas de forma consistente. 

Para acessar o documento completo, basta clicar aqui e consultar o comunicado do IAF. 

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