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Plano mestre de produção (PMP): o que é e como usar?

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Juliana Geremias

Juliana Geremias

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Graduada em Administração de Empresas e MBA em Gestão da Qualidade
"Qualidade é o resultado de um ambiente cultural cuidadosamente construído. Tem que ser o tecido da organização, não parte do tecido." Phil Crosby

O Plano Mestre de Produção (PMP), também conhecido como Programa Mestre de Produção (MPS – Master Production Schedule), por isso, apresenta um documento detalhado. Além disso, este documento especifica os itens que serão produzidos e as respectivas quantidades para um determinado período de tempo.

Um programa gerado pela desagregação do planejamento agregado de produção transforma o plano agregado de uma dada família de produtos em um PMP para cada item que compõe esta família.

O PMP guiará as ações de produtivas em um horizonte de tempo de normalmente 6 a 12 meses com base semanal, considerando os pedidos existentes.

Como o plano mestre de produção ajuda na manufaturação e nos serviços?

Primeiramente, na manufatura, o PMP define claramente a quantidade e o momento de produção dos produtos, direcionando toda a operação em termos de montagem, fabricação e compra. Ele serve como base para o planejamento da utilização de mão-de-obra e equipamentos, determinando a quantidade de materiais e capital necessários.

Empresas de serviços também podem utilizar o PMP. Por exemplo, em um hospital, um plano mestre indica quais cirurgias estão planejadas e suas respectivas datas de realização. Direciona a quantidade de materiais, instrumentos, pessoas, necessários para a realização das cirurgias, administrando a programação de pessoal, incluindo anestesistas, enfermeiras, cirurgiões.

Quais são as fontes de informação para o plano mestre de produção?

Quando se define o PMP, é crucial considerar todas as fontes de demanda. Geralmente, são os pequenos pedidos de última hora que causam transtornos em todo o sistema de planejamento de uma empresa. Por exemplo, se uma empresa de máquinas escavadeiras planeja uma exibição de seus produtos e permite que uma equipe de projeto ataque seus estoques para construir dois modelos para a exibição, provavelmente isto gerará falta de componentes na fábrica (se não gerar, é porque havia estoque em excesso, que não deveria estar lá). Ou também poderão emprestar com suas filiais, sem prévio aviso. Se isso acontecer, o sistema de planejamento e controle precisa considerar essas variáveis. Caso contrário, não atenderá às necessidades de produção e, consequentemente, não satisfará o cliente.

Como é o registro?

O PMP consiste em registros com escala de tempo que, para cada produto final, apresentam as informações de demanda e estoque disponível atual. Utilizando essa informação, projeta-se o estoque disponível para o futuro. Se o estoque não for suficiente para satisfazer a demanda futura, insere-se quantidades de pedido na linha do PMP. Quando não há estoque suficiente para satisfazer à demanda futura, quantidades de pedido são inseridas na linha do PMP.

plano mestre de produção

Conforme o quadro acima, temos 30 unidades em estoque . Na primeira semana como tivemos uma demanda de 10 unidades, ficamos com um estoque disponível de 20.  Já na segunda semana, tivemos uma demanda também de 10 unidades e ficamos com estoque disponível de 10. Na terceira semana, com a demanda também de 10 unidades, ficamos com o estoque 0. Como agora não temos mais estoque para suprir nossa demanda que segue normal nas demais semanas, a partir da terceira semana o PMP começa ser operacionalizado.
O PMP tem como atividade gestão de pedidos, que através da uma verificação da capacidade durante o processo de entrada de pedido e da disponibilidade de materiais, possibilita saber se a empresa é capaz ou não de cumprir o prazo estipulado pelo cliente, visando garantir o atendimento do pedido desde o processo de vendas.

REFERÊNCIA
SLACK, Nigel. Administração de Produção. São Paulo: Atlas, 2002.

 

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4 comentários em “Plano mestre de produção (PMP): o que é e como usar?”

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