Graduada em Administração de Empresas, MBA em Gestão da Qualidade e Auditora Líder ISO 9001. "Qualidade é o resultado de um ambiente cultural cuidadosamente construído. Tem que ser o tecido da organização, não parte do tecido." Phil Crosby
Com o objetivo de manter a qualidade dos produtos, as organizações precisam inspecioná-los e testar todas as suas operações. Tanto máquinas como as pessoas podem deteriorar e apresentar defeitos. À medida que uma máquina vai se desgastando, a capabilidade de seu processo pode degradar a ponto de não suportar a tolerância especificada.
Um processo é denominado capaz quando, além de estar sobre controle, atende às especificações do cliente. Existem também processos sob controle, mas que são incapazes. Por exemplo, se a embaladora de arroz produzisse sacos com pesos entre 4,90kg e 4,95kg e toda sua produção estivesse contida dentro dos limites, o processo estaria sob controle. Contudo, se a sacaria especificasse que o peso mínimo deveria ser 5,00kg, sendo essa a expectativa do cliente, o processo seria considerado incapaz, pois não atenderia à especificação do cliente.
Também não se deve considerar o processo como capaz se tiverem que ser verificadas todas as peças produzidas para que seja fornecido ao cliente o que ele deseja. Assim, capacidade ou capabilidade exige que o processo esteja sobre controle. Define-se como índice de capacidade Cp a relação:
*Saiba mais do assunto, leia também este post sobre variabilidade de processos.
Para capacitar o processo, é necessário que Cp seja maior que 1, pois caso contrário, o processo será incapaz. Além de calcular o Cp deve-se detalhar os limites de especificação do cliente dentro do gráfico de controle, para que se tenha uma melhor visualização da questão.
Exemplo: Um fabricante de parafusos de aço inox estruturou o controle estatístico de processo na empresa e controla o diâmetro dos parafusos pelo gráfico da média que apresenta LSC = 10,25mm, LM = 10,00mm e LIC = 9,75mm. Um cliente deseja parafusos daquele material e está disposto a aceitar parafusos com diâmetro 9,00 ± 1,50. Determinar o índice de capacidade do processo.
Solução: Pela especificação do cliente verificamos que o diâmetro máximo aceitável é 9,00 + 1,50 = 10,50mm, e o menor diâmetro que o cliente está disposto a aceitar é 9,00 ? 1,50 = 7,50mm. Assim temos:
Cp = (10,50 ? 7,50) / (10,25 ? 9,75) = 6
Portanto, o processo é capaz.
As organizações devem investir constantemente em seus processos e nos recursos os movem, pois seu desempenho vai refletir na qualidade de seus produtos.
REFERÊNCIAS
MARTINS, Petrônio G. LAUGENI, Fernando Piero. Administração da produção. São Paulo: Saraiva, 2006.
MEREDITH, Jack R. SHAFER, Scott M. Administração da produção para MBAs. Porto Alegre: Bookman, 2002.
6 comentários em “Capabilidade do processo”
Precisa estudar mais sobre fabricação de parafusos. Parafusos são normalizados e possuem dimensões de filetes de roscas, diametro nominal, diametro útil, etc… que tipo de parafuso é este do seu exemplo????
É só um exemplo! O cara veio falar de parafuso, enquanto o blog fala de gráfico de qualidade.
Capelliom, é lamentável a qualidade da sua contribuição, a qual foi, no mínimo, grosseira. Concordo que o exemplo não é real, mas você poderia ter sido mais cortês.
Lamentável !
Aliás, percebo um ar de inveja para com o trabalho da moça !
Rui agradeço a “defesa” rs… é só um exemplo, o objetivo é apenas ilustrar o “conceito”, é importante que quem leia, consiga entender a capabilidade do processo. E respondendo ao nosso colega também Capelliom, fico bem feliz com o comentário, a interação sempre gera frutos.
Você poderia, por gentileza, dar um outro exemplo que não se tratasse de parafusos???
Esse cálculo só serve para usinagem ou há outra aplicação??? Por exemplo, num sistema logístico de transportes??? Num segor de recebimento??? Num armazém logístico??? Muito obrigado!!! Marcello
‘
Babaca, nao sabe diferenciar exemplo ou adapta lo a sua realidade