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O gestor da qualidade é um EVANGELIZADOR!

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Jeison

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Sou co-fundador da ForLogic, hoje atuo com gente, cultura e gestão. Sou um dos criadores do Qualiex, do Qualicast (o 1º Podcast nacional focado em qualidade), criador do Blog da Qualidade (o maior blog sobre Qualidade do Brasil). Mestre em Engenharia da Produção pela UTFPR (Universidade Tecnológica Federal do Paraná), auditor líder formado com orgulho pela ATSG na ISO 9001 e 22000, pai, empreendedor, e um inconformado de plantão!
Acredito na responsabilidade do indivíduo, no poder da qualidade e que podemos fazer diferente. Me acompanhe no Linkedin e no Instagram.

Todo coordenador da qualidade, gestor da qualidade, analista da qualidade ou qualquer outro cargo que atue na área da qualidade tem uma dificuldade que sobrepõe técnicas, métodos e conhecimento: é o árduo trabalho de envolver a equipe.
E isso vai muito além de fazer as pessoas cumprirem os processos da forma que qualidade e a empresa precisa. Muitas vezes é difícil fazer as pessoas tratarem as não conformidades, coletar os dados, analisar indicadores, gerir os planos de ação e seguir os processos da melhor maneira. Mas porque as pessoas boas, muitas vezes engajadas na empresa, não fazem o que deve ser feito?
E é aqui que entra o título desse artigo: as pessoas precisam ser treinadas sim, mas quando falamos de qualidade, o termo que quero trazer hoje é que as pessoas precisam ser evangelizadas.
Isso surgiu de uma reunião onde discutíamos o porquê de algumas pessoas não entenderem o que precisava ser feito. Concluimos que, na verdade, elas não passam a entender as coisas só porque nós demos um treinamento do que fazer. Por mais que tenhamos falado o porquê fazer, será mesmo que elas passaram a acreditar na qualidade?
O termo evangelizar, é empregado no mundo religioso e isso combina muito com a crença na qualidade por parte da equipe, mas as semelhanças acabam aí. Na qualidade não existem milagres, é trabalho duro, porém as pessoas precisam acreditar que o resultado virá, mesmo que no futuro.
Para deixar mais claro, vamos a um exemplo: A crença de que identificar reclamações de clientes é uma coisa “ruim”. Temos que mudar essa crença, para a crença na qualidade. Ruim é perder clientes. Ter um número crescente de reclamações porque você está “intensificando a coleta e melhorando o processo” é ótimo. Neste sentido, as pessoas precisam entender e acreditar que: é bom quando o número de reclamação de clientes sobe, significa que agora estamos coletando tudo que está errado e vamos ter que aprender e trabalhar para baixar o número.
O mesmo vale para não conformidades: uma NC é uma coisa boa! É uma evidência de uma falha em um processo, e se for documentada, tratada e o processo for corrigido, esse problema não voltará mais a acontecer. Se voltar, tudo bem, a correção anterior não deu certo, então vamos tentar outra ação.
A equipe precisa acreditar nisso, mas para as pessoas acreditarem, o evangelizador da qualidade precisa ser honesto, direto, e trabalhar para ajudar a equipe a compreender estes pontos. Precisamos entender que isso não é “natural” para eles, e precisamos ter paciência e pensamento sistêmico para conseguirmos conduzir as pessoas de maneira que dê certo.
Por isso, ajude sua equipe, evangelize a qualidade dentro da empresa em que você trabalha, quando isso acontecer as pessoas vão parar de fazer o que a qualidade quer e passar a querer o que a qualidade faz. E esse é o verdadeiro ganho.

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9 comentários em “O gestor da qualidade é um EVANGELIZADOR!”

  1. Edgardo Aquiles Prado

    Parece brincadeira … mas INFELIZMENTE é a mais pura e dura verdade.
    Nosso cérebro foi FEITO para ACREDITAR :-O
    Então, temos que fazê-lo acreditar na DÚVIDA ! Difícil ? kkkk Começamos por aonde, então ? Me contem.

  2. Edgardo Aquiles Prado

    Eu já acho que a Qualidade é como a Informática. No começo (décadas atrás) era bem difícil de usar e espalhar. Depois de um tempo ninguém pode ficar sem ela 😉

  3. Bruna Souza

    Amei esse artigo! Tudo do jeito que eu já pensava em executar na empresa, sendo explanada de forma clara e rica em detalhes! Parabéns e obrigada por publicar!

  4. Mariane Gomes

    Muito bom seu texto, é exatamente isso.
    O principal desafio da equipe da qualidade é ter a habilidade de demonstrar para a empresa qual é o ganho que vai se obter com aquela rotina/mudança/diretriz/controle, é necessário muita habilidade de “gestão das emoções” , pois é um trabalho totalmente relacionado a comportamento humano, e isso é bem difícil de lidar na prática.
    Muitos processos utilizam os termos “tem que preencher aquele registro pra qualidade, tem que entregar aquele indicador até dia tal para a qualidade”, se as pessoas utilizam estes termos em sua rotina significa que a cultura e a apropriação dessa gestão da qualidade não esta disseminada. Significa que a liderança não se apropriou do seu principal papel que é demonstrar comprometimento ao SGQ, dirigir e engajar pessoas, significa que a qualidade é um setor e não uma cultura.
    Qualidade é liderança e cultura de fazer melhor sempre!

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