Graduada em Administração de Empresas e MBA em Gestão da Qualidade
"Qualidade é o resultado de um ambiente cultural cuidadosamente construído. Tem que ser o tecido da organização, não parte do tecido." Phil Crosby
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Juliana Geremiashttps://blogdaqualidade.com.br/author/juliana-geremias/
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PDCA – se você ainda não conhece esse método, vamos apresentá-lo!
Origem do PDCA
O PDCA foi criado em meados 1939 pelo físico, engenheiro e estatístico Walter Andrew Shewhart, mas foi popularizado pelo estatístico Willian Edwards Deming.
Por isso, Deming sempre se referiu ao método como Ciclo de Shewhart. Em resumo, o físico criou o ciclo baseado nas Etapas do Método Científico formulado em 1920 por Francis Bacon.
Resumidamente, o Método de Bacon tinha como principal característica a “hipótese”, o “experimento” e a “avaliação” o seu princípio fundamental era a iteração (repetição).
Desse modo, a medida em que uma hipótese é confirmada (ou negada), a repetição na execução do ciclo de aprendizado amplia e aprofunda limites do conhecimento sobre um objeto ou procedimento, por certo o princípio do PDCA.
O que é o PDCA?
Embora alguns definam o PDCA como uma ferramenta, na verdade ele é um método de ações repetitivas composto por 4 passos, os quais encontram-se na sigla.
Só para ilustrar:
Saiba o significado de cada Letra:
P – PLAN =Planejar
Aqui é onde os processos para a obtenção das metas, devem ser definidos. É válido, começar com uma pequena amostra para testar os possíveis efeitos.
D – DO = Fazer
É nessa etapa que se inicia os processos definidos na etapa anterior, coletando dados para o mapeamento e análise dos próximos passos.
Antes de iniciar a fase é necessário educar e treinar todos os envolvidos no processo para garantir que todos estejam comprometidos e tudo saia conforme o planejamento.
C – CHECK = Verificar
Onde se estuda os resultados com os dados coletados no passo anterior, comparando-os aos resultados esperados.
Por sua vez, nessa etapa devemos nos atentar se há desvios na aplicação do plano. De acordo com Vieira Filho em Gestão da Qualidade Total:
“esta é uma etapa puramente gerencial, que verifica se o que foi executado está de acordo com as metas estabelecidas.
Na etapa anterior, são coletados dados das ações e estes dados são analisados nesta etapa e comparados com o planejado.”
A – ACT = Agir
Finalmente é a etapa da correção, caso o processo realizado apresente falhas, o gestor deverá rever o plano e desenvolver novas ações, visando sempre a correção máxima das falhas e a melhoria dos processos.
Se o que foi executado estiver de acordo com os objetivos planejados, deve-se padronizar a solução.
Para que serve o PDCA
Nas organizações o PDCA tem como foco a melhoria contínua de processos e produtos.
Quando aplicado junto ao Sistema de Gestão da Qualidade ele ajuda a implementar ações para assegurar a operação e controle dos processos produtivos, na eliminação de não conformidades, em ações corretivas e em Ações preventivas.
Por fim, o método é tão eficiente que pode ser utilizado até mesmo para a vida pessoal em uma atividade específica como o planejamento de uma viagem, e até mesmo nas atividades corriqueiras do dia a dia.
O Ciclo na prática
Em nosso site Academia da Excelência existe um curso sobre PDCA. Nele a mentora Monise Carla, traz um exemplo de fácil entendimento, então, resolvi compartilhar.
No nosso exemplo a empresa não está conseguindo atingir a meta de novos clientes e recebe muitos feedbacks negativos referente a: “atendimento ao cliente”.
O objetivo é: melhorar o atendimento aos clientes.
Para tentar corrigir esse ponto, o gerente deverá desenvolver um ciclo PDCA para reduzir a insatisfação e criar uma dinâmica de atendimento mais eficiente.
Nota: Dividimos o ciclo em 9 etapas para melhorar a explicação. Abaixo trago a imagem ilustrativa do Ciclo, para o exemplo que vamos demonstrar:
Ciclo passo a passo:
1º P -Plan – Para facilitar dividimos em 6 etapas, são elas:
- Definir o resultado – é o famoso “Onde se quer chegar”. Nesse caso o objetivo é melhoria do atendimento. Então o resultado deve focar no aprendizado e conscientização da equipe em fazer um bom atendimento, para conquistar novos clientes e manter os que tem.
- Envolver pessoas – a princípio, um bom exemplo é questionar os colaboradores dentro das experiências de cada um. Por exemplo, você pode perguntar “o que é um bom atendimento?” – É importante anotar as contribuições!
- Resumo – agrupar as percepções sempre validando com a equipe. Por exemplo, se alguns disserem que bom atendimento é quando o atendente é simpático e outras dizem que é quando o atendente sorri, então você deve perguntar “quando vocês falaram que o bom atendimento é quando o atendente sorri, vocês queriam dizer que “é quando ele é simpático?”. Se a equipe confirma então agrupa como simpatia.
- Fato & Dados –Trazer uma informação neutra para enriquecer a reunião, é importante que não seja a opinião de quem está guiando o processo. Pode ser depoimento de cliente, alguma situação que ocorreu ou um artigo, texto de livros entre outros.
- Momento Eureka– Aqui as pessoas entendem que não estão fazendo aquilo que elas acreditam que sejam o certo. Aqui temos que validar se a “ficha” realmente caiu. Aqui podemos nos apoiar em uma pergunta “Poque nossos clientes estão falando mal do nosso atendimento?”, ou “o que vocês acharam do conteúdo apresentado?”.
- Como – Aqui se levanta quais os planos de ação serão necessários para alcançarmos o resultado. Levando em conta nosso exemplo, podemos definir um novo comportamento para alcançar o resultado, como por exemplo “vamos sorrir e dar bom dia para todos os clientes”
Tenha em mente:
Estimule a participação das pessoas, segure sua opinião, conduza da forma com que o resultado esperado seja mencionado. E ainda, é nessa fase que se define responsáveis e prazos de entrega.
como essa etapa é a mais longa segue uma breve ilustração:
2º D – Fazer
- Prática– Aqui é a fase de teste das ações definidas na etapa anterior. Verificamos, também, se o comportamento estipulado alterou a rotina da organização.
Lembre-se que é necessário educar e treinar todos os envolvidos no processo garantindo assim o comprometimento de todos para o alcance dos resultados.
3º C – Checar
- O Checar é a verificação das ações. Resumindo, a etapa faz a mensuração em relação aos resultados, se foram satisfatórios ou não.
4º A – Agir
- Verificação- Se o resultado for satisfatório, incorpora a ação no processo. No entanto, se o resultado não for satisfatório, faz-se as correções necessárias para voltar ao ciclo.
Nota: Nessa fase que se faz a retrospectiva do processo
Com o exemplo concluímos que:
O sucesso na aplicação do ciclo dependerá de um monitoramento criterioso do gerente de vendas. Dessa forma, o gerente deve lembrar, sempre, a equipe no que se refere ao cumprimento de cada etapa nova.
Assim, ao final do período, quando as pesquisas de feedback do cliente forem analisadas, será possível verificar o sucesso conquistado com o PDCA e se o processo pode continuar dessa maneira.
Variações do Ciclo
O PDCA também sofreu algumas variações com o passar do tempo, como por exemplo:
- OPDCA- Onde “O” significa observação ou como algumas versões dizem “Observe a situação atual”;
- PDSA- Aqui a etapa Check é substituída por Study (estudar). A mudança foi proposta pelo próprio Deming com o objetivo de aprofundar as análises feitas na 3ª etapa do ciclo, tornando a etapa de verificação mais significativa e estruturada;
- PDCL- O Act é substituído por Learn (Aprender). Assim, a 4° e última etapa do ciclo é consiste no aprendizado;
- SDSA- Nessa variação o método teve mais alterações, onde o Plan (Planejar) dá lugar ao Standart (Padronizar) e o Check é substituído pelo Study (Estudar). Aqui, o objetivo do ciclo é implantar modificações de processos, então a primeira etapa é a padronização das novas rotinas e procedimentos, ou até mesmo das atividades executadas dentro de um processo.
Após a padronização, o processo roda normalmente voltando ao Study (Estudar). Visto que, o estudar esta mais focado em entender se as mudanças deram certo visando sempre a melhoria contínua.
Métodos semelhantes
Do mesmo modo que aconteceu com as variações, também, surgiram alguns métodos bem parecidos com o PDCA, acredita-se que eles têm a mesma origem, o que justifica a semelhança, são elas:
DMAIC –muito utilizada em projetos, pois torna possível o aumento da produtividade e a redução de custos visando sempre a melhoria dos processos administrativos.
A sigla significa: Definir, Medir, Analisar, Implementar e Controlar.
8 D ou 8 Disciplinas – muito utilizada para solução de problemas que ocorrem em produtos ou processos de produção, com o objetivo de identificar e eliminar problemas recorrentes.
MASP – contribui em Análise e Soluções de Problemas. Em resumo, trata-se de um roteiro com objetivo de manter, controlar e aperfeiçoar a qualidade de produtos, processos ou serviços.
Conclusão:
Contudo, era isso que eu tinha para dizer, espero que esse texto respondido à pergunta “O que é o PDCA?”.
Enfim, conto o seu comentário crítico para saber se o conteúdo lhe foi útil!
Aliás, não deixe de conferir o Blog da qualidade, onde você encontrará artigos sobre as variações do PDCA, além de diversas ferramentas de gestão.
Fontes:
- https://blogdaqualidade.com.br/
- https://academia.viverexcelencia.com.br/
- VIEIRA FILHO, Geraldo (2014). Gestão da Qualidade Total: uma abordagem prática. Campinas: Alínea p24 e 25.
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1 comentário em “Tudo sobre PDCA”
Parabéns pelo conteúdo, ótimo site.