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ISO 9001:2015 – Por que eu devo gerenciar riscos na minha empresa?

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Monise Carla

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Auditora Líder ISO 9001:2015, ISO 22000:2018 e ISO 31000:2016. Redatora do Blog da Qualidade e Especialista de Comunicação no Qualiex! Eu ajudo profissionais a resolverem problemas de qualidade por meio de tecnologia e acredito que esse é o primeiro passo para uma vida de Excelência. Gosto de rock, desenho animado e vejo qualidade e excelência em tudo isso. Não me leve tão a sério no Twitter, mas se preferir, você também pode me encontrar no Facebook e Linkedin.

Com a revisão da ISO 9001:2015 caminhando para os rumos finais, começamos um processo de nos acostumar com o assunto “Gestão de Riscos”, e desapegar das “ações preventivas”. Sim elas saíram do escopo da ISO 9001:2015 e se você ainda não está sabendo, poderá ler esse artigo aqui: ISO 9001:2015 – A saída da Ação Preventiva.

Empresas de todos os tipos e tamanhos enfrentam influencias e fatores internos e externos que tornam incerto se é possível ou quando é possível atingir os objetivos. O resultado dessa incerteza é o risco. A grande questão é que estamos expostos a incertezas e riscos o tempo todo, e apesar de muitas vezes não pensarmos sobre isso, não significa que esses riscos não existem, só significa que a gente não tem controle nenhum sobre eles.

Você já parou para pensar na quantidade de riscos que uma empresa assume quando decide implantar um Sistema de Gestão da Qualidade (SGQ)? Risco das pessoas não “comprarem” a ideia e sabotarem o projeto que resultará no risco do não comprometimento, risco da diretoria não ver os resultados claros do sistema de gestão e entende-lo como centro de custos, riscos de falhar no estabelecimento de processos, ou até indicadores, fazendo a empresa ser guiada para um rumo que não é o devido, ou uma série de coisas que poderiam afetar diretamente na performance da organização. Será que se categorizássemos tudo isso antes de implementar um projeto, ação, ou melhoria, não seria mais fácil formar uma blindagem?

O risco é sempre sobre o que ainda não aconteceu, está baseado numa filosofia de antecipação e prevenção. E isso não é para disseminar o medo de errar, muito pelo contrário, longe de mim ir contra um dos 14 princípios de Deming, mas  veja bem a linha de raciocínio:  a gestão da qualidade trabalha de forma preventiva, certo? Mas trabalha com mais foco, mais ativamente na resolução de problemas, corrigindo o que já aconteceu para que não aconteça mais. Você pode até me dizer: “mas e as ações preventivas?” Sim, elas são um sinal de que a gestão da qualidade tem função de prevenir, mas veja bem, não é tão estruturado, o maior foco está nos problemas, até porque, quem ganha mais reconhecimento? Quem resolve problemas ou quem evitou os problemas? No exemplo clássico de incêndio para explicar a Não Conformidade, quem comemora mais? Os bombeiros que apagaram o fogo ou quem evitou o incêndio? Quem consegue mais resultado efetivo?

Bom, está muito radical. Vamos mudar um pouco mais a pergunta. Se ninguém quer que o problema aconteça porque ele gera custos altos, por que as pessoas não querem investir esforço na gestão de riscos, ou melhor, na prevenção?

A gestão de riscos funciona como uma agência de segurança. Apesar de você só ouvir falar dela quando algo ruim acontece, você não ouve sobre as múltiplas coisas que foram evitadas. Ao mesmo tempo, é difícil estipular prazos sobre incertezas e entender o valor que tem o fato de algo não ter acontecido, mas muitos recursos são desperdiçados por não entender que é melhor trabalhar para evitar o problema do que alocar milhões de recursos tentando reparar falhas.

Minha intenção neste artigo não é colocar Ações Corretivas contra Gestão de Riscos, os dois tem que agir ativamente na organização para trazer um resultado completo, e nem que uma empresa que tenha um processo de gestão de riscos nunca terá não conformidades, mas que uma empresa que tem uma gestão de riscos efetiva em processos, pessoas, enfim, terá menos probabilidades de ter não conformidades.

Eu acredito que entrando gestão de riscos na ISO 9001:2015 ajudará na integração dos conceitos, apesar dos detalhes da nova revisão ser um tema um pouco obscuro para todo mundo ainda.

Muitas vezes não conseguimos mensurar o valor e preço daquilo que deixou de acontecer, e se quisermos estimular a gestão de riscos como cultura na organização, teremos que mudar o nosso posicionamento para uma postura mais forte na prevenção. Nós deveríamos comemorar mais vezes os resultados do esforço investido em uma prevenção bem sucedida, seria um bom primeiro passo.

E você, o que pensa sobre isso?

 

Leia todos os artigos do Blog da Qualidade sobre ISO 9001:2015!

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6 comentários em “ISO 9001:2015 – Por que eu devo gerenciar riscos na minha empresa?”

  1. Anderson Azevedo

    Parabéns Monise Carla, por esta breve explanação sobre a “Gestão de Risco”. Estou certo de que o exemplo do “Bombeiro e o incêndio” na relação entre apagar e prevenir, jamais sairão da minha mente. Gosto de suas postagens, leio a maioria e sempre aprendo alguma coisa. Continue assim. compartilhando o seu conhecimento.

    Anderson azevedo
    https://gestaobrasil.wordpress.com/

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