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No artigo anterior, falamos sobre Forças e Fraquezas dentro do contexto interno, mas criar capacidades e vantagens competitivas sem olhar o ambiente externo pode resultar numa empresa que embora eficiente, não consegue se adaptar às mudanças externas com a flexibilidade necessária para atender às necessidades dos clientes. Por isso, vamos falar um pouco das oportunidades e ameaças.
As oportunidades e ameaças existem fora da empresa, independente de forças, fraquezas ou opções internas. Elas ocorrem tipicamente dentro dos ambientes competitivo, do consumidor, econômico, político/legal, tecnológico e sociocultural. Identificando essas questões, é possível tirar proveito de oportunidades ou criar defesas para superar ou minimizar ameaças.
Darei 3 exemplos de como isso acontece.
Relativa falta de concorrência
Quando Howard Schultz imaginou pela primeira vez, em 1983, em criar a Starbucks, ele não imaginava que ia criar um novo setor. Quando ele concebeu uma rede de coffee bars norte-americanos não havia necessariamente uma concorrência em café, que era considerado uma commodity pela maioria dos consumidores. A demanda era visivelmente grande, pois só perdia para a água em termos de consumo no mundo, e só era encontrado em prateleiras dos mercados e restaurantes. A nítida falta de concorrência deu a Schultz o ímpeto de levar a Starbucks, de sua modesta origem em Seattle, Washington para o resto do país, e hoje o resto do mundo.
Obsolescência Induzida por tecnologia
Que a internet mudou a forma de consumo, trabalho e negócios não é novidade pra ninguém. Hoje a gente se depara com o consumidor 3.0 que tem um tipo de comportamento totalmente diferente do que se tinha a 20 ou 10 anos atrás. Isso trouxe uma dificuldade de sobrevivência de várias empresas e um exemplo disso é a indústria fonográfica internacional. Hoje a utilização de CD é obsoleta e justamente porque a distribuição eletrônica de música gravada é muito mais eficiente que a distribuição de músicas por meio do CD. Apesar de já existir mecanismos como compra de rádios e faixas de músicas online, até hoje, o setor tenta combater a pirataria online. Toda essa mudança no hábito do consumidor gerou várias ameaças para o segmento.
Mudança nos Gostos e Preferencias do consumidor
Muitos acreditam que Levi Strauss & Co praticamente introduziu a moda casual como tendência de vestuário muito aceita em locais de trabalho, porém, o que era uma benção também se tornou uma maldição na década 90, com o lançamento da linha de calças esportivas Dockers. As vendas de Dockers foram um sucesso, junto com as outras peças casuais, porém acabaram por perder a força central no jeans, fazendo eles perderem vendas no produto quando seus clientes começaram usar roupas esportivas e mais confortáveis, optando por marcas como Gap, Old Navy, Mudd e Hilfiger causando um impacto grande. De 31%, a participação do mercado da Levi’s caiu para 17% e teve que ficar mais enxuta e demitiu mais de 40% de seus funcionários. Para combater isso, a Levi’s lançou novos produtos e mudou sua estratégia de distribuição contando, em 2013, com o WalMart.
No próximo artigo, falaremos um pouco mais da SWOT no planejamento estratégico e associaremos ele com a Gestão da Qualidade de forma mais direta, até lá! 😉
Referência:
FERRELL, O. C. Estratégia de Marketing. São Paulo: Thomson Learning, 2006.
#01 Análise SWOT: Gerando valor no Planejamento Estratégico
#02 Seis critérios para uma Análise SWOT produtiva
#03 Análise SWOT: Entendendo as Forças e Fraquezas
#04 Análise SWOT: Entendendo as Oportunidades e Ameaças
#05 Gerando ações a partir da Matriz SWOT
4 comentários em “Análise SWOT: Entendendo as Oportunidades e Ameaças”
gostaria de saber as ameaças e oportunidades das lojas americanas
Giovanni, não sei se é possível saber porque geralmente esses assuntos sobre estratégia as empresas mantém em sigilo, mas entendendo mais sobre a empresa, talvez você consiga ter uma ideia do contexto da organização.
As ameaças é concorrencias,crise economica e desempenho da empresa
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