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Seis critérios para uma Análise SWOT produtiva

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Monise Carla

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Auditora Líder ISO 9001:2015, ISO 22000:2018 e ISO 31000:2016. Redatora do Blog da Qualidade e Especialista de Comunicação no Qualiex! Eu ajudo profissionais a resolverem problemas de qualidade por meio de tecnologia e acredito que esse é o primeiro passo para uma vida de Excelência. Gosto de rock, desenho animado e vejo qualidade e excelência em tudo isso. Não me leve tão a sério no Twitter, mas se preferir, você também pode me encontrar no Facebook e Linkedin.

No ultimo artigo expliquei de forma generalizada o que é uma Análise SWOT e pra que serve. Mas só é possível extrair algo de bom deste modelo a partir da forma que você o utiliza, e exatamente por isso vamos falar um pouco sobre os gatilhos necessários para transformar essa simples ferramenta num catalizador do processo de planejamento.

1 – Permaneça Focado

O primeiro erro dos planejadores ao conduzir uma SWOT é fazer análises genéricas para tudo, fazendo a mesma ficar vaga e pouco úteis para reais ações. Quando se fala em análise SWOT na verdade dizemos análises SWOT, onde se tem um diagnóstico segmentado onde cada uma tem uma combinação específica de produto e mercado. A única situação em que apenas uma avaliação seria necessária é aquela em que só tem uma combinação de produto e mercado.

2 – Faça uma ampla busca de concorrentes

Informações sobre concorrentes ajudam a manter o foco da análise SWOT. E é importante que não se despreze nenhum concorrente, seja um rival atual ou que esteja despontando, prestando atenção nos produtos que podem ser substitutos, e aí as 5 forças de Porter farão todo o sentido. O diagnóstico deve ser focado e não míope.

3 – Colabore com as Outras Áreas Funcionais

Um dos benefícios importantes dessa ferramenta é que a informação por ela gerada pode ser compartilhada entre várias áreas da empresa, e isso deve fluir de forma que estimule a comunicação fora dos canais normais de departamento. Isso deve resultar numa fusão de informações de muitas áreas para que gere um ambiente favorável à criatividade e inovação.

4 – Examine as Questões da Perspectiva do Consumidor

Todas as questões que surgirem na análise devem ser examinadas da perspectiva do consumidor. Para começar, você pode fazer perguntas como essas:

  • O que os consumidores (e não consumidores) pensam sobre nós?
  • O que os consumidores (e não consumidores) pensam sobre a nossa qualidade em relação ao nosso concorrente?
  • Qual é a importância relativa dessas questões na ótica dos consumidores?

Em cada segmento de consumidores, as percepções das questões externas como economia ou ambiente também são importantes, por exemplo, pouco importa se os gerentes pensem que a perspectiva econômica é boa se os consumidores restringiram seus gastos porque acham que a economia está fraca, então é importante tentar pensar como seu consumidor, isso enriquecerá sua SWOT.

Decompondo clichês gerencias em forças e fraquezas orientadas para o consumidor

Clichês Forças Fraquezas
“Somos uma empresa antiga e já estabelecida” – Serviço pós-venda estável
– Experiente
– Confiável
– Antiquada
– Inflexível
– Sem inovação
“Somos um grande fornecedor” – Linha de produtos abrangente
– Habilidade técnica
– Fornecedor estável
– Status elevado
– Burocrática
– Lida apenas com grandes contas
– Impessoal
“Temos uma linha de produtos abrangente” – Grande variedade
– Fornecedor de fonte única
– Conveniente
– Pouco sortimento
– Não fornece produtos diferenciados
– Conhecimento superficial do produto
“Somos o padrão do setor” – Ampla adoção do produto
– Status e imagem elevados
– Boa alavancagem de mercado
– Vulnerável a mudanças tecnológicas
– Visão limitada da concorrência

Fonte: FERREL (2006, p. 87)
Essa variação da visão do cliente e da empresa deve ser trabalhada para ser reduzida definindo uma orientação realista do ambiente.

5 – Procure Causas, Não Características

Buscar entender a visão do consumidor é importante, mas isso na verdade vai trazer informações suficientes para criar problemas, onde detalhar muito nesse fator faz tudo ser muito descritivo, mas pouco construtivo.  O problema central está em relacionar forças, fraquezas, oportunidades e ameaças como descrições sem procurar causas consistentes das características, e essas causas podem ser encontradas nos recursos da organização ou concorrentes, já que todas possuem recursos tangíveis e intangíveis. Veja bem, os principais recursos são: financeiros, intelectuais, legais, humanos, organizacionais, informacionais, relacionais e de reputação. A presença ou ausência desses recursos são as causas das forças e fraquezas da empresa em satisfazer as necessidades dos clientes, e as mesmas determinam condições para lidar com oportunidades e ameaças.

6 – Separe as Questões Internas das Questões Externas

Já vimos que um dos segredos de uma análise SWOT construtiva é ir além da descrição e encontrar causas, mas é normal no meio da construção da análise misturar ou confundir questões internas com externas. Para diferenciar uma força ou fraqueza de uma oportunidade ou ameaça basta fazer a seguinte pergunta: “Essa questão existiria se a empresa não existisse?”. Se a resposta for sim, a questão é externa, se não, interna.
A análise SWOT é uma extensão da frase de Sócrates: “Conheça-te a ti mesmo”. Esse conhecer deve ser sincero e realista com base nos consumidores e grupos essenciais considerando recursos da empresa no ambiente interno e externo. Expandindo essa visão, poderíamos dizer: conheça teu consumidor, conheça teus concorrentes, ou de forma geral, conheça seu ambiente.
Semana que vem tem mais, até! 😉

Referência:
FERRELL, O. C. Estratégia de Marketing. São Paulo: Thomson Learning, 2006.

#01 Análise SWOT: Gerando valor no Planejamento Estratégico
#02 Seis critérios para uma Análise SWOT produtiva
#03 Análise SWOT: Entendendo as Forças e Fraquezas
#04 Análise SWOT: Entendendo as Oportunidades e Ameaças
#05 Gerando ações a partir da Matriz SWOT

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