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Entendendo as Auditorias Internas

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Juliana Geremias

Juliana Geremias

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Graduada em Administração de Empresas, MBA em Gestão da Qualidade e Auditora Líder ISO 9001. "Qualidade é o resultado de um ambiente cultural cuidadosamente construído. Tem que ser o tecido da organização, não parte do tecido." Phil Crosby

Recentemente, foi comentado aqui no Blog da Qualidade sobre o objetivo geral das Auditorias Internas, hoje, teremos uma visão geral das auditorias, desde seu conceito até seus resultados e benefícios para a organização.

 O que é?

As normas de Qualidade buscam a padronização dos processos. Sem essa padronização, tem-se situações ditas como artesanato (1). Ishikawa citado por Falconi (2) diz: Auditorias devem ser usadas para promover a qualidade, não inspecionar. A ISO 9001 e a especificação Técnica TS16949 citam que toda organização deve realizar auditorias internas a fim de medir e monitorar se seu sistema de gestão da qualidade está completamente aderente aos requisitos normativos, incluindo os requisitos específicos de clientes. É como se fosse um autopoliciamento conforme definiu Oakland(3).

Como procedê-la?

Usualmente, formam-se pessoas com o conhecimento necessário sobre como funciona um processo de auditoria. Essas pessoas são treinadas, avaliadas e acompanhadas por mentores ou auditores mais experientes e igualmente qualificados para que possam ter suas auditorias validadas. Hoje nota-se que muitas empresas terceirizam as atividades de auditorias internas.

Quais os tipos de Auditorias?

As auditorias internas podem ocorrer de forma desdobrada nas seguintes condições: auditorias de Produto, de processo, 5S, escalonada, auditoria de doca (ou de embarque), auditoria de segurança, auditorias de ramp-up (SOP), auditorias de alterações de engenharia, auditorias de fornecedores, trabalho padronizado (4),etc. O método de auditoria é no fundo um método universal e se bem aplicado e conduzido, traz muitos resultados positivos às empresas.

Que resultados posso ter?

Espera-se de uma auditoria interna valor agregado. Nada deve ser por acaso. Espera-se que possa ser detectado potencias problemas antes que os mesmos ocorram. Também é esperado que se possa reduzir o volume de problemas. O raciocínio é o que segue: Se em uma auditoria, foram detectadas 30 problemas, espera-se que na próxima rodada de auditorias sejam encontradas menos do que 30 problemas. Outro aspecto muito importante é que a cada nova auditoria, problemas detectados em auditorias anteriores não sejam novamente revelados! Se isso ocorrer, é um claro sinal de que o MASP não está sendo bem aplicado. Outro aspecto útil das auditorias internas: O gerenciamento das mudanças. Mudanças ocorrem o tempo todo e se não bem conduzidas, podem trazer efeito colaterais nocivos à qualidade criando potencias de riscos às vezes, escondidos!
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Referências:
(1)  SANTOS, EDUARDO JOSÉ DA SILVA, Aplicação e Implicações da ISO/TS16949 na cadeia automotiva, Campinas, SP: [s.n.], 2006
(2)  CAMPOS, VICENTE FALCONI, TQC: Controle da Qualidade Total (No estilo Japonês), Belo Horizonte, MG: Fundação Cristiano Ottoni, 1992
(3)  OAKLAND, JOHN, Gerenciamento da Qualidade Total, São Paulo: Nobel, 1994
(4)  LIKER, JEFFREY K., O Modelo Toyota: Manual de Aplicação, Porto Alegre: Bookman, 2007

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