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Controle de qualidade é com Monstros S.A

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Juliana Geremias

Juliana Geremias

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Graduada em Administração de Empresas, MBA em Gestão da Qualidade e Auditora Líder ISO 9001. "Qualidade é o resultado de um ambiente cultural cuidadosamente construído. Tem que ser o tecido da organização, não parte do tecido." Phil Crosby

Quando pensamos em auditorias, é fácil imaginar um processo rigoroso e técnico, voltado para avaliar conformidade, eficiência e controle de processos.

Mas já parou para pensar que um filme infantil como Monstros S.A. pode nos ensinar lições valiosas sobre auditorias?

Surpreendentemente, há uma ponte interessante entre o universo dos Monstros S.A. e o mundo das auditorias corporativas. Vem comigo explorar!

O Controle de qualidade  do desenho

No universo de Monstros S.A., a empresa responsável por gerar energia a partir dos gritos das crianças. Nela, vemos um exemplo perfeito de como o controle de qualidade é essencial para o sucesso de uma organização.

Toda a operação dos monstros é meticulosamente controlada para garantir que as metas de produção sejam atingidas sem falhas — um conceito que, no mundo real, se alinha diretamente com os objetivos de uma auditoria.

Assim como as auditorias, que verificam se uma empresa está em conformidade com as normas e regulamentos, a fábrica de sustos passa por constantes revisões e inspeções para garantir que tudo funcione corretamente.

A cena em que Sulley e Mike tentam evitar os “olhares atentos” dos inspetores reflete a pressão que muitos colaboradores sentem durante o processo de auditoria na empresa.

Conformidade e o Papel da CDA 

A CDA, ou Child Detection Agency, no filme, é uma agência responsável por garantir que os monstros não entrem em contato com crianças humanas, consideradas perigosas no universo dos monstros.

A atuação deles tem muito a ver com o trabalho dos auditores internos e externos nas empresas: monitorar, fiscalizar e garantir que as normas sejam seguidas.

Se olharmos para a CDA como os auditores, percebemos que seu papel é assegurar que as operações da organização estão de acordo com as regras de segurança — da mesma forma  uma auditoria real  busca certificar que todos os processos estão em conformidade com os padrões estabelecidos.

Ou seja, qualquer deslize pode gerar sérios problemas, e a auditoria está ali para evitar que isso aconteça.

O impacto de uma auditoria

Durante o filme, Mike e Sulley enfrentam diversas situações que mostram como pequenos detalhes podem causar grandes consequências se não forem cuidadosamente monitorados.

Isso nos lembra que o objetivo principal de uma auditoria não é punir, mas sim melhorar os processos e garantir que a empresa esteja caminhando na direção certa.

Quando um sistema de controle está bem ajustado, o resultado é uma operação mais eficiente, menos propensa a erros e, principalmente, mais segura.

No fim, quando os monstros  descobrem  que risos são mais eficientes do que gritos para gerar energia, vemos uma mudança no modelo de operação da empresa.

Algo muito similar ao que ocorre quando uma auditoria bem-sucedida identifica formas mais eficazes de alcançar os objetivos organizacionais.

A cultura da organização também influencia no controle de qualidade.

A cultura da organização também influencia no controle de qualidade. No início, quando descobriram que risadas são uma fonte de energia mais eficiente e menos prejudicial, foi um caos. Enfim, a empresa precisou passar por uma grande mudança cultural e operacional.

No mundo real, não é diferente! Mudança de postura é imprescindível. Pois, a mudança de postura em relação a inovações impacta diretamente o processo de auditorias internas e a melhoria contínua, da seguinte maneira:

1- Adaptação de Processos:

No filme, com a mudança para a coleta de risadas, houve uma revisão completa dos processos operacionais.

As auditorias são essenciais para garantir que esses novos processos estejam de acordo com os padrões de qualidade e segurança. A postura aberta à mudança facilita a implementação dessas revisões.

2- Engajamento das Equipes:

A aceitação das mudanças pela alta gestão e pelos colaboradores, como Sulley e Mike, gera um ambiente de confiança e engajamento.

Auditorias internas que visam a melhoria contínua se tornam mais eficazes quando a equipe está alinhada e receptiva às transformações.

3- Melhoria Contínua:

A postura positiva em relação à mudança impulsiona a cultura de melhoria contínua. Ao adotar uma nova fonte de energia, a Monstros S.A. demonstra flexibilidade e proatividade, elementos-chave para o sucesso das auditorias.

As auditorias deixam de ser vistas como “checagens punitivas” e se tornam uma ferramenta para melhorar ainda mais os processos, reduzindo desperdícios e otimizando resultados.

4- Compliance e Normas:

Assim como nas empresas reais, o compliance é essencial para garantir que as mudanças estejam em conformidade com normas e regulamentos (como a ISO).

Auditorias regulares garantem que a transição para os novos processos esteja de acordo com as novas exigências internas e externas, assegurando a qualidade do produto final – que, no caso do desenho, é a energia.

Aprendendo controle de qualidade com os monstros

Embora as auditorias possam parecer frias e técnicas, Monstros S.A. nos mostra que elas são essenciais para garantir que tudo funcione adequadamente e esteja em conformidade com as normas.

Assim como Sulley e Mike, que aprenderam com seus erros ao perceberem que gritos não eram a melhor fonte de energia, as auditorias ajudam as empresas a identificar falhas, corrigir processos e buscar novas soluções.

Dessa forma, elas contribuem para que as organizações se mantenham competitivas e inovadoras, sempre reforçando a conformidade e promovendo melhorias.

Afinal, até mesmo uma fábrica de monstros precisa de um sistema de controle eficaz para manter tudo em ordem!

Tenha em mente: empresas com uma cultura de qualidade voltada para a melhoria contínua criam um ambiente dinâmico, preparado para enfrentar desafios e manter a qualidade de forma consistente.

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